Juiz aceita alegação inusitada de advogado após estourar prazo de petição

Data:

O advogado alegou forte abalo emocional por conta da derrota do time de basquete Utah Jazz do qual é torcedor, em um jogo dos chamados “playoffs” da NBA, a liga de basquete americano, que o fez estourar prazo.

 

utah jazz - nba
Crédito: Valio84sl | Istock

Brian King, advogado norte-americano, estourou em 18 minutos o prazo para protocolar uma petição em um tribunal federal em Salt Lake City, Utah, contudo, teve seu impasse perdoado pelo juiz Bruce Jenkins graças a uma justificativa inusitada e conseguiu uma extensão do prazo.

O atraso aconteceu devido ao forte abalo emocional que sofreu com a derrota do Utah Jazz, o time de basquete de Salt Lake City, em um jogo dos playoffs da NBA.

King teria de protocolar até as 24h petição que contestava um pedido de julgamento antecipado de lide do advogado oponente. Ele estava escrevendo a petição, porém, decidiu parar para assistir ao jogo do Utah Jazz contra o Thunder de Oklahoma City às 19h30.

estourar prazo
Crédito: Brian A. Jackson | Istock

Em seu pedido de extensão do prazo, o King disse que interrompeu o trabalho acompanhar a partida “imperdível”, pois teria tempo mais do que suficiente para concluir a tarefa após o término do jogo.

Até o terceiro período o Jazz estava com uma vantagem de 25 pontos e a vitória parecia certa. Contudo, no quarto período, “o desastre foi fulminante”, disse o advogado. “E veio em forma de erros de arbitragem, perdas de bola inexplicáveis, lançamentos ruins, falta de um bom defensor e também o grande jogo de Russell Westbrook, do Thunder, o que é doloroso admitir”, afirmou King.

Enfim, o Thunder virou o jogo no quarto período, depois de estar perdendo por uma diferença considerável.

“A derrota do Jazz foi, no mínimo, deprimente. O efeito do impacto emocional foi o de que acabei escrevendo uma petição duas vezes mais longa do que devia e duas vezes pior do que a que teria escrito, se o Utah Jazz houvesse vencido o jogo, como se esperava…Foi a causa do atraso de 18 minutos.” Argumentou.

O advogado disse ainda que devia admitir que as circunstâncias eram previsíveis. Mas eram inaceitáveis. Isso somado ao efeito de um impacto emocional imprevisível “constitui boa causa para sustentar o pedido de extensão de prazo”.

O advogado oponente não protestou contra o pedido de extensão do prazo por também ser torcedor do Utah Jazz nestes playoffs, embora ele seja originalmente de Minneapolis, Minessota, disse King.

Advogado
Crédito: Tero Vesalainen / iStock

“Nessa altura do campeonato, não importa de onde ele é. Um time como o do Utah Jazz, que tem Rudy Gobert, Donovan Mitchell, Ricky Rubio, Joe Ingles e Derrick Favors, atrai a simpatia de fãs de basquetebol de todo o país”.  Foi o que alegou em sua petição, na qual previu que o Jazz iria se recuperar e ganhar o próximo jogo da série.

Como “previsto” em sua petição, o Utah Jazz ganhou o jogo seguinte, no mesmo dia em que saiu a decisão do juiz pelo perdão e a extensão de prazo.

Não se tem notícia se o juiz também é torcedor do Utah Jazz. A única certeza é que ele é cidadão de Utah. (Com informações do portal Conjur.)

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

1 COMENTÁRIO

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Paraíba ganhará este ano Câmara de Mediação e Arbitragem

A Paraíba está prestes a dar uma valorosa contribuição...

Construção irregular em área de preservação permanente deve ser demolida e vegetação recuperada

Construções em áreas de preservação permanente (APP) que envolvam a remoção de vegetação só podem ser autorizadas em casos excepcionais, como em situações de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental. Em casos de degradação, é necessário que a área seja restaurada ao máximo, inclusive com a demolição de edificações existentes e recuperação da vegetação nativa.