A Justiça mandou soltar o empresário Márcio Cantoni, investigado por envolvimento em fraudes no pagamento do DPVAT, o seguro obrigatório. O empresário é investigado pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por associação criminosa, estelionato e apropriação indébita.
Preso em dezembro de 2019 em um hotel de luxo em Minas Gerais, Cantoni chegou a apresentar um documento de outra pessoa, mas pressionado, confessou a verdadeira identidade e ofereceu R$ 5 mil aos policiais para não ser preso. Acabou detido por corrupção ativa, uso de documentos falsos e porte de droga para consumo pessoal.
Segundo o Ministério Público, ele chefiava um grupo criminoso, “identificava e atraia as vítimas, entrava com ações judiciais em nomes delas pedindo indenizações do seguro obrigatório, mas o dinheiro não era repassado às vítimas, mas sim dividido entre os integrantes da quadrilha”.
A defesa do empresário fez vários pedidos de liberdade, no entanto todos foram negados. Os advogados alegaram agora que há um surto de Covid-19 no presídio onde está detido e que o cliente já ficou doente, estando em risco por falta de estrutura de atendimento para sua saúde.
O próprio Ministério Público concordou com o pedido de soltura, que foi aceito pela Justiça.
Márcio Cantoni foi autorizado a deixar a cadeia, mas não poderá ter contato com outros investigados, não poderá sair de casa durante a noite, está proibido de manter atividades econômicas de suas empresas e ainda ficará com monitoramento eletrônico, com tornozeleira pelo prazo inicial de 90 dias.
Com informações de G1 e UOL.
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