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Vaticano vai julgar cardeal e mais 9 pessoas e 5 empresas por crimes financeiros

Créditos: ShutterOK | iStock

Em comunicado, a Santa Sé informou neste sábado (3), que por determinação da Justiça do Vaticano o cardeal Angelo Becciu, outras 10 pessoas e mais 5 empresas devem ser  julgados por supostos crimes financeiros, incluindo peculato, lavagem de dinheiro, fraude, extorsão e abuso de poder, no âmbito do inquérito que apura a venda de um edifício em Londres.

"O presidente do Tribunal do Vaticano ordenou a citação para o julgamento dos acusados no âmbito da matéria relacionada com os investimentos financeiros da Secretaria de Estado em Londres. O julgamento terá início na audiência de 27 de julho", diz o comunicado da Santa Sé.

Ainda de acordo com a nota, uma ampla investigação judicial permitiu constatar que a atividade dos acusados resultou em "consideráveis prejuízos para as finanças do Vaticano, tendo-se utilizado também os recursos destinados às obras de caridade pessoal do Santo Padre".

A Santa Sé enfatiza que a decisão tomada hoje está "diretamente relacionada às indicações e reformas" do papa Francisco, no "trabalho de transparência e limpeza das finanças do Vaticano". Todos os indiciados são "membros eclesiásticos e leigos da Secretaria de Estado e altos funcionários da então autoridade de inteligência financeira do Vaticano, bem como personalidades externas, ativas no mundo das finanças internacionais".

Além do cardeal Becciu, René Brulhart, Mauro Carlino, Enrico Crasso, Tommaso Di Ruzza, Cecilia Marogna, Raffaele Mincione, Nicola Squillace, Fabrizio Tirabassi e Gianluigi Torzi foram acusados, assim como as empresas HP Finance LLC, Logsic Humanitarne Dejavnosti, DOO, Prestige Family Office SA e Sogenel Capital Investment.

Entre os crimes pelos quais são acusados estão suborno, extorsão, peculato, abuso de poder, corrupção, lavagem de dinheiro, fraude, abuso, falsificação de documentos públicos e falsificação de títulos privados.

Em maio,  após pedido emitido pela Justiça da Itália ser validado por um juiz inglês, o corretor financeiro Torzi chegou a ser detido. Ele é suspeito de ter recebido ilegalmente 15 milhões de euros pela compra do edifício residencial em Londres, adquirido por US$200 milhões com recursos da Secretaria de Estado do Vaticano.

As investigações, iniciadas em julho de 2019 na sequência de uma denúncia do Instituto das Obras Religiosas e da Auditoria Geral, contaram com a colaboração do Ministério Público de Roma e do núcleo de Polícia Judiciária da Guarda Financeira Romana. Além disso, teve a parceria dos promotores de Milão, Bari, Trento, Cagliari e Sassari e suas respectivas seções da Polícia Judiciária.

As atividades de investigação sobre os fundos da Secretaria de Estado também tiveram a expedição de cartas rogatórias em inúmeros outros locais estrangeiros, como Emirados Árabes Unidos, Grã-Bretanha, Jersey, Luxemburgo, Eslovênia e Suíça, o que permitiram "determinar uma vasta rede de relações com os operadores dos mercados financeiros que têm gerado perdas substanciais para as finanças do Vaticano, tendo também recorrido aos recursos destinados às obras de caridade pessoais do Santo Padre", acrescenta o comunicado da Santa Sé.

Com informações do UOL.


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