Tráfico de drogas: Grupo de empresários condenado por coordenarem delivery de cocaína em Goiânia

Data:

Cocaína - Tráfico Internacional de Drogas
Imagem meramente ilustrativa – Créditos: CreativaImages / iStock

A juíza Placidina Pires, da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores de Goiânia, condenou a mais de 100 anos de prisão um grupo de empresários de Goiânia e Santarém, no Pará, por coordenarem um serviço de delivery de cocaína na capital goiana. A denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) apontou que o grupo cometeu diversos crimes, entre tráfico de drogas, posse de armas e munição, lavagem de dinheiro, entre outros.

A organização criminosa, que atuou entre janeiro de 2021 e novembro de 2022, mantinha uma equipe própria de entregadores e lucrava mais de R$ 6 milhões. Alguns membros também foram condenados por lavagem de dinheiro.

tráfico de droga
Créditos: ShutterDivision / Shutterstock.com

A magistrada destacou que, ao analisar os dados telemáticos, foi possível catalogar e qualificar a maioria dos integrantes da organização criminosa, evidenciando a união de esforços para a prática dos crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, notando-se que as entregas eram realizadas por meio de um sistema de delivery.

Quanto ao crime de lavagem de capitais, a magistrada destacou que foi instaurado inquérito policial complementar para o aprofundamento das investigações em relação a essa infração penal. “Percebo que as provas produzidas nestes autos já indicam que a organização criminosa se utilizava de subterfúgios para camuflar a origem dos valores auferidos com a comercialização de drogas, tal como verificado no presente caso por meio dos depósitos em espécie realizados de modo fracionado”, frisou.

Mantida prisão de ex-secretário de Ponta Porã (MS) condenado por tráfico internacional de drogas
Créditos: Africa Studio / shutterstock.com

A juíza argumentou que os imóveis pertencentes ao grupo criminoso eram usados como laboratórios para a produção de drogas ilícitas, especialmente cocaína, chegando a fabricar mais de 2 mil saquinhos de 1 grama semanalmente.

Esses locais também eram utilizados para o tráfico ilegal de drogas. Foi identificado que, mesmo após o primeiro desmantelamento do laboratório, a organização criminosa continuou operando plenamente e aumentando a produção.

Juíza é investigada
Créditos: Andrey Popov | iStock

As drogas eram distribuídas aos membros do grupo para entrega aos usuários, e a organização tinha ramificações em Goiás e Pará. Ela estava estruturada para cometer rotineiramente crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, utilizando diversos depósitos em espécie, tanto em montantes únicos quanto de forma fracionada, e realizando várias transações financeiras por meio de pessoas físicas e empresas, sem indícios de contrapartida. Os réus foram detidos no final do ano passado, e os entregadores cumprirão suas penas no regime semiaberto.

Com informações do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO).


Você sabia que o Portal Juristas está no FacebookTwitterInstagramTelegramWhatsAppGoogle News e Linkedin? Siga-nos!

Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Concessionária de energia é condenada a indenizar usuária por interrupção no fornecimento

A 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação de uma concessionária de energia ao pagamento de R$ 10 mil por danos morais a uma usuária que ficou sem fornecimento de energia elétrica por quatro dias, após fortes chuvas na capital paulista em 2023. A decisão foi proferida pelo juiz Otávio Augusto de Oliveira Franco, da 2ª Vara Cível do Foro Regional de Vila Prudente.

Homem é condenado por incêndio que causou a morte do pai idoso

A 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a condenação de um homem pelo crime de incêndio que resultou na morte de seu pai idoso. A decisão, proferida pela Vara Única de Conchal, reduziu a pena para oito anos de reclusão, a ser cumprida em regime fechado.

Remuneração por combate a incêndio no Porto de Santos deve se limitar ao valor do bem salvo

A 9ª Vara Cível de Santos condenou uma empresa a pagar R$ 2,8 milhões a outra companhia pelos serviços de assistência prestados no combate a um incêndio em terminal localizado no Porto de Santos. O valor foi determinado com base no limite do bem efetivamente salvo durante a operação.

Casal é condenado por expor adolescente a perigo e mantê-lo em cárcere privado após cerimônia com chá de ayahuasca

A 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou a condenação de um casal pelos crimes de sequestro, cárcere privado e exposição ao perigo à saúde ou vida, cometidos contra um adolescente de 16 anos. A decisão, proferida pela juíza Naira Blanco Machado, da 4ª Vara Criminal de São José dos Campos, fixou as penas em dois anos e quatro meses de reclusão e três meses de detenção, substituídas por prestação de serviços à comunidade e pagamento de um salário mínimo.