A estudante Marina Gouveia Souto Maia, que cursava medicina na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), teve sua matrícula anulada devido a suspeitas de fraude em seu processo de ingresso na instituição. O cancelamento inclui todos os atos derivados dessa matrícula, o que invalida os créditos obtidos por ela no curso. A decisão, datada de 16 de agosto, foi comunicada à aluna na última terça-feira (22).
Marina terá um prazo de dez dias, contados a partir da notificação, para recorrer da decisão perante o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UFPB. Ela também tem a possibilidade de buscar soluções judiciais caso opte por essa via. O caso veio à tona após uma denúncia protocolada na Pró-Reitoria de Graduação da universidade.
De acordo com o processo administrativo nº 23074.077433/2023-11, a estudante é suspeita de ter apresentado um certificado falso de conclusão do Ensino Médio, na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), em 2017, ano de seu ingresso na UFPB. Na época, essa modalidade conferia a ela direito a “vagas reservadas” estabelecidas na Lei de Cotas.
Entretanto, a investigação identificou irregularidades. A UFPB constatou que Marina ainda não tinha completado 18 anos, o que a impediria de ser beneficiária da modalidade EJA. Além disso, ela teria cursado o Ensino Médio em uma escola privada, o Colégio Cristo Rei, conforme comprovado por um certificado emitido pela própria instituição, o que não a enquadraria nas vagas reservadas para estudantes que cursaram o Ensino Médio em escolas públicas.
Marina Gouveia Souto Maia já havia concluído todas as disciplinas do curso de medicina e até defendido seu trabalho de conclusão. No entanto, a decisão da UFPB invalida suas atividades, impedindo-a, pelo menos temporariamente, de se formar. A situação levanta questionamentos sobre a autenticidade de informações e os critérios para a ocupação de vagas universitárias.
Com informações do G1.
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