Após prisão do dono, Grupo Dolly pede recuperação judicial

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Créditos: Reprodução | Dolly

Após prisão de Laerte Codonho e acusações de fraude fiscal estruturada, organização criminosa e lavagem de dinheiro, a empresa de refrigerantes Dolly entrou com um pedido de recuperação judicial na 2ª Vara de Recuperações Judiciais, afirmando ser o único meio de tentar evitar a falência.

Em nota oficial, a empresa alegou que não está conseguindo pagar suas obrigações depois de ter seus bens bloqueados pela justiça.

"Sem poder operar as próprias contas bancárias, a empresa não está conseguindo cumprir seus compromissos. Esta foi a única forma que restou para impedir a falência imposta pela Justiça Federal de São Bernardo do Campo", diz a nota.

Esse pedido se deve ao fato da empresa ter encerrado as atividades de sua fábrica na cidade de Tatuí, em São Paulo, no último dia 18. De acordo com a companhia, o fechamento dessa unidade levou à demissão de 700 funcionários.

Denúncias

O Ministério Público (MP) acusa a companhia de fraude fiscal estruturada, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Em maio, o dono da empresa, Laerte Codonho, ficou preso por oito dias suspeito de fraude fiscal.

De acordo com a Promotoria, a Dolly demitiu funcionários e os recontratou em outra companhia para fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Com essa fraude, o grupo já teria desviado cerca de R$ 4 bilhões nos últimos 20 anos de atuação.

recuperação judicial
Créditos: Ampcool22 | iStock

Com essa suspeita de sonegação, as unidades da empresa em Tatuí e Diadema, ambas em São Paulo, foram impedidas de comercializar suas mercadorias.

A Dolly negou que tenha sonegado impostos e afirmou que foi vítima do escritório contábil que omitiu dados.

A empresa informou ainda que as unidades de São Bernardo do Campo e de Diadema estão funcionando normalmente, e que está tomando as devidas providências para desbloquear suas contas. (Com informações do G1.)

 

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