Operação Fantoche foi deflagrada hoje (19) pela Polícia Federal.
Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi preso hoje (19) durante as ações da Operação Fantoche, deflagrada pela Polícia Federal (PF).
Ele e mais nove suspeitos são investigados por esquema de corrupção envolvendo contratos entre empresas ligadas a uma mesma família, o Ministério do Turismo e o Sistema S no valor total de R$ 400 milhões.
De acordo com a PF, a maior parte dos contratos tratava da execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados ou que não foram concluídos, com recursos desviados por meio de empresas de fachada.
A CNI afirmou em nota que ele está na Polícia Federal em Brasília, “prestando esclarecimentos sobre a operação deflagrada na manhã desta terça-feira”. E ainda que “a CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades”.
Operação Fantoche
De acordo com as investigações da PF, um grupo de empresas do mesmo ciclo familiar vem atuando desde 2002 executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e com o Sistema S.
“A atuação do grupo consistia na utilização de entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S. Tais contratos, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada”. Diz a nota divulgada pela Polícia Federal.
“Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de 400 milhões de reais decorrentes desses contratos”, complementou a PF sobre a operação que foi realizada em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU).
Ao todo, 213 agentes foram mobilizados, assim como 8 auditores do TCU, para o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão e 10 de prisão temporária em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas. (Com informações do MSN.)