Empresas serão multadas por não explicarem critérios de IA no Reino Unido

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A Inteligência Artificial (IA) traz grandes benefícios para a sociedade, desde a busca por novos medicamentos até os carros autônomos. Mas também é verdade que as implicações de suas escolhas têm gerado boas discussões, sobretudo quando esses softwares ganham poder de decisão sobre a vida de pessoas.

Alguns departamentos de RH utilizam o aprendizado de máquina para selecionar candidatos a emprego com base na análise de seus currículos. Nada mais justo então que criar algumas normas para o bom funcionamento da IA. Pelo menos é isso que o Reino Unido está desenvolvendo para entrar em vigor ano que vem.

Aproximadamente dois terços das empresas do setor financeiro no Reino Unido utilizam IA na tomada de suas decisões, incluindo companhias de seguros no gerenciamento de reclamações. Diante dessa nova realidade, cerca de metade dos britânicos demonstram preocupações com os algoritmos que tomam decisões que normalmente seriam explicadas por seres humanos, segundo dados do próprio governo.

Por isso mesmo as empresas que planejam usar IA em seu trabalho precisam garantir que isso seja feito de forma “transparente e responsável”, defendeu o ICO, órgão de controle de dados do país. Em suas orientações preliminares, publicadas nesta segunda-feira (2), o órgão identifica quatro princípios fundamentais para IA. São eles: transparência, responsabilidade, consideração do contexto e reflexão sobre os impactos.

Com base no documento ainda em fase de elaboração, empresas e outras organizações poderão receber multas de vários milhões de libras caso não expliquem as decisões tomadas pela IA, de acordo com os planos apresentados pelo órgão de vigilância de dados do Reino Unido. A iniciativa é a primeira no mundo a propor regras para explicar as escolhas tomadas por softwares inteligentes.

Fonte: Canaltech

Ezyle Rodrigues de Oliveira
Ezyle Rodrigues de Oliveira
Produtora de conte

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