Skiplagging: Como Funciona e Quais São as Controvérsias?

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Skiplagging: Como Funciona e Quais São as Controvérsias?
Créditos: masha_tace / Depositphotos

Skiplagging é um termo usado no setor de viagens para descrever uma estratégia que algumas pessoas usam para obter voos mais baratos. Entretanto, essa prática está envolta em controvérsia e pode resultar em consequências não desejadas para os passageiros que a utilizam.

Como funciona o Skiplagging?

Para entender como o skiplagging funciona, primeiro você precisa entender como as companhias aéreas definem seus preços. Em geral, o preço de uma passagem aérea não é baseado simplesmente na distância entre dois pontos. Em vez disso, também é baseado na demanda por essa rota específica.

Por exemplo, se muitas pessoas querem voar de Lisboa para São Paulo, mas menos pessoas querem voar de Lisboa para o Rio de Janeiro via São Paulo, uma companhia aérea pode cobrar menos pela rota Lisboa-Rio de Janeiro mesmo que seja uma viagem mais longa.

Aqui é onde o skiplagging entra em ação. Um passageiro que quer voar de Lisboa para São Paulo pode comprar uma passagem para o Rio de Janeiro via São Paulo e simplesmente não embarcar no segundo voo. Dessa forma, eles conseguem um voo para São Paulo a um preço mais baixo.

Controvérsias e Consequências

Apesar do potencial para economia, o skiplagging é uma prática controversa. As companhias aéreas argumentam que isso é uma violação dos termos de serviço. Além disso, se uma companhia aérea detectar que um passageiro está usando o skiplagging, ela pode vir a dizer que cancelará o restante de seus voos ou até mesmo bani-lo de voar com eles no futuro, o que pode ser uma considerada uma medida abusiva e ferir os direitos do passageiro como consumidor.

Outro problema com o skiplagging é que ele só funciona com bagagem de mão. Se você despachar uma mala, ela será encaminhada para o destino final em seu bilhete – nesse caso, o Rio de Janeiro. Portanto, se você desembarcar em São Paulo, não terá acesso à sua mala.

Conclusão

Embora o skiplagging possa oferecer uma forma de economizar dinheiro em passagens aéreas, é importante estar ciente dos riscos envolvidos. Violar os termos de serviço de uma companhia aérea pode resultar em consequências graves, como a perda de voos subsequentes ou até mesmo a proibição de voar com a companhia aérea, mas lembrando que isso pode vir a configurar uma violação ao Código de Defesa do Consumidor – CDC. Portanto, antes de considerar o skiplagging, certifique-se de pesar cuidadosamente os prós e contras.

Perguntas Frequentes:

1. O que é skiplagging?
Skiplagging é uma prática que envolve a compra de uma passagem aérea para um destino que não é realmente o destino pretendido, com o objetivo de economizar dinheiro. A ideia é comprar uma passagem aérea para um destino menos popular com uma escala no seu destino real, e depois simplesmente não embarcar no segundo voo.

2. Por que o skiplagging é controverso?
O skiplagging é controverso porque as companhias aéreas veem isso como uma violação de seus termos de serviço. Algumas companhias aéreas têm políticas internas contra o skiplagging e podem tomar medidas contra passageiros que o utilizam, como cancelar seus voos remanescentes ou até mesmo bani-los de voar com eles no futuro.

3. O skiplagging é ilegal?
A legalidade do skiplagging é uma área cinzenta. Não é ilegal, mas é geralmente visto como uma violação dos termos de serviço da companhia aérea.

4. Como posso evitar problemas ao usar o skiplagging?
A melhor maneira de evitar problemas ao usar o skiplagging é entender claramente os riscos envolvidos e considerar outras alternativas para economizar em passagens aéreas. Além disso, você deve evitar usar o skiplagging de forma consistente, pois isso aumenta a probabilidade de ser detectado pelas companhias aéreas.

5. O skiplagging funciona com bagagem despachada?
Não, o skiplagging normalmente não funciona se você tiver bagagem despachada. Se você despachar uma mala, ela será encaminhada para o destino final em seu bilhete. Portanto, se você desembarcar em uma escala, não terá acesso à sua mala.

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Créditos: Zinaida Sopina | iStock
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