Rebranding na advocacia: está na hora de investir

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Rebranding na advocacia
Créditos: George Morina / Pexels

O rebranding na advocacia vem se mostrando uma tendência na medida em que mais advogados estão investindo em presença digital. Para melhorar a percepção do público e criar uma imagem mais moderna, muitos estão apostando em uma nova identidade visual com elementos mais contemporâneos. 

A busca pelo rebranding no mercado jurídico tem várias razões. Alguns escritórios estão desenvolvendo novas frentes de trabalho e, através da reformulação da marca, pretendem chamar a atenção de um novo público. Outros buscam simplesmente se diferenciar da concorrência e há também aqueles que usam o rebranding como um evento comemorativo, como forma de marcar a entrada de um novo sócio ou celebrar o tempo de atuação no mercado. 

Independentemente do motivo, o rebranding é uma ação estratégica que requer planejamento e inteligência de mercado. Afinal, muitos clientes já estão acostumados com a imagem do escritório e nem sempre as mudanças são bem recebidas. 

Para quem pretende investir em rebranding na advocacia e quer entender um pouco mais sobre a importância de reformular a própria marca, preparamos um post completo. Vale a pena conferir!

Rebranding na advocacia: o que é?

O rebranding na advocacia nada mais é do que ressignificar a imagem de um escritório jurídico ou de um advogado que empreende solo. Trata-se de uma estratégia cujo objetivo é transformar a percepção do público com relação a uma determinada marca. Para isso, ações como mudança do logotipo, alteração da identidade visual e mudança de cores são necessárias.

A marca não é apenas um desenho representativo de um negócio. Ela contém uma série de associações que são feitas pelo cliente e pelo mercado. Na advocacia, assim como nos negócios em geral, a marca é um simbolismo, que reflete valores, comportamentos e a identidade de um negócio.

Quando se fala em branding, muitas pessoas associam esse termo ao logo, ícones, cores e demais elementos visuais que representam uma empresa e, consequentemente, constituem uma marca. Porém, essa é uma concepção equivocada. Branding são ações que visam vincular a imagem de uma empresa a uma experiência positiva. Portanto, toda e qualquer ação que contribui para a melhora da percepção de um negócio no mercado pode ser chamada de branding.

Na advocacia, o branding jurídico é um assunto relativamente novo. Com o aumento da concorrência no mercado jurídico, muitos advogados descobriram no desenvolvimento de uma marca uma forma de se destacar e sair na frente da concorrência. Hoje, no entanto, mais e mais escritórios estão buscando criar ações para que seus nomes estejam associados a valores positivos e uma boa experiência do cliente. 

Branding e espaço no mercado jurídico

Muitos advogados não sabem, mas a contratação de um escritório ou de um profissional está intimamente ligada à percepção, aos sentimentos e sensações vivenciados pelo cliente logo em um primeiro contato. Nem sempre o advogado mais qualificado, ou com mais técnica jurídica é o favorito do mercado, justamente por esse motivo. 

Naturalmente, isso não significa que uma sólida base jurídica não tem importância para o mercado. Obviamente os conhecimentos do advogado e a técnica são um diferencial na hora de proporcionar resultados para o cliente. Contudo, não é isso o que vai determinar a contratação. 

A experiência, o atendimento e a percepção dos clientes sobre o escritório e a marca são determinantes para a assinatura de um contrato de honorários. Por isso, trabalhar elementos que contribuem para essa experiência é algo tão importante. 

Ao contrário do que muita gente pensa, uma marca não é apenas uma representação visual de uma empresa ou um negócio. Ela é, principalmente, a representação visual de valores e a missão de um negócio, de modo que ambos sejam percebidos não apenas no contato, mas no simples olhar.

Uma marca e, principalmente as ações que são feitas para que essa percepção se consolide no mercado, são decisivas para potenciais clientes e clientes tomarem decisões. Quando falamos de rebranding, portanto, estamos falando em rever essas ações para tornar o entendimento do cliente sobre o escritório ou sobre o advogado algo positivo.

Por que realizar o rebranding na advocacia?

O mercado jurídico passou por grandes transformações nos últimos anos. Mesmo sendo um mercado tradicional, com o avanço da tecnologia, as rotinas jurídicas e o modus operandi dos escritórios mudou de forma significativa.

Contudo, não foi apenas o cotidiano da advocacia que mudou. Com o acesso à informação, o comportamento da clientela também é outro. Hoje os clientes são mais exigentes, tanto em termos de suporte, quanto de pagamento de honorários. Além disso, a concorrência é maior, o que faz com que todo advogado precise agir de forma estratégica.

Hoje é fundamental investir em um bom atendimento e também em uma comunicação pró-ativa. Para que o cliente se sinta seguro e confiante com a prestação de serviços, é essencial cuidar desses dois aspectos. 

Porém, mais do que cuidar do cliente “da porta para dentro” do escritório, o advogado também precisa zelar pela sua imagem. Até porque ela contribui para as ações de prospecção. O branding entra justamente aí, ou seja, ele é responsável por gerar uma imagem positiva do escritório de advocacia no mercado, além de contribuir para a prospecção do cliente certo. 

O rebranding na advocacia, por sua vez, é necessário sempre que a imagem do escritório de advocacia não traz os resultados esperados, ou ainda, precisa ser revista em razão de uma modernização, mudança de cultura ou mesmo alterações significativas no quadro de sócios, por exemplo.

Advocacia digital e rebranding

Com a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), houve uma aceleração no processo de digitalização do mercado jurídico. Assim, muitos escritórios que não estavam inseridos no contexto da advocacia digital precisaram se adaptar às pressas. Para muitos essa adaptação acabou se transformando em uma mudança, tanto que inúmeros escritórios passaram a adotar novos modelos de trabalho na advocacia e outros até abriram mão do espaço físico. 

Esse tipo de mudança estrutural, que impacta diretamente na cultura da banca, é o tipo de transformação a qual ações de rebranding podem ser muito positivas. Isso porque, operando em um novo modelo, é fundamental comunicar ao mercado e clientes e mostrar que tais transformações não impactam na qualidade dos serviços jurídicos, nem tampouco no atendimento e no suporte ao cliente. 

Clientes mais tradicionais que veem uma estrutura física sumir podem se sentir extremamente inseguros com relação ao escritório, por exemplo. Por isso, nesse contexto, ações de rebranding na advocacia não são apenas estratégicas como também necessárias. 

Qual a sua experiência com rebranding na advocacia? Veja também como registrar uma marca para advogados.

*Artigo escrito em coautoria com Helga Lutzoff Bevilacqua

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