A investigação do MP-PB desencadeou uma “dança das cadeiras” na prefeitura da cidade.
A população do município de Bayeux (PB) convive com uma situação inusitada: já estão com o 4º prefeito diferente em 2 anos. Parte da população sequer sabe responder quem é o prefeito da cidade.
Em julho de 2017, Gutemberg Lima Davi (sem partido, ex-PTN), então prefeito, foi preso após negociação de propina com empresário. Após ser afastado do cargo, o vice-prefeito, Luiz Antônio de Miranda Alvino (PSDB), assumiu interinamente.
Apesar de ter sido libertado por meio de um habeas corpus quatro meses depois, Berg continuou afastado da prefeitura, mas não teve seu mandato cassado pela Câmara Municipal em dezembro de 2017. No entanto, a Justiça o condenou à perda do mandato, ressarcimento de R$ 11,5 mil, e cassação dos direitos políticos por oito anos.
Após 8 meses da prisão de Berg, o vice foi afastado do cargo pela Justiça da Paraíba, também decorrente de investigação do MP Estadual, que apontou que Alvino pediu R$ 100 mil a um empresário para liberar outro vídeo que comprometeria Berg Lima. Seu mandato foi cassado em abril de 2018 na Câmara Municipal. Insatisfeito, Luiz Antônio tenta reaver o cargo na Justiça.
Com a cassação, a prefeitura passou para as mãos do presidente da Câmara, Mauri Batista (PSL), o Noquinha. Seu mandato terminará em 31 de dezembro, e a prefeitura será assumida pelo vereador Jefferson Kita, eleito para o segundo biênio na Câmara.
Kita já foi aliado do atual prefeito, Noquinha, mas rompeu com ele politicamente e o acusa de defender eleições indiretas porque seria diretamente beneficiado. Kita defende as eleições diretas “para que o povo decida o que quer para a cidade”. Em caso de eleições diretas, tanto Noquinha quanto Kita se candidatariam ao cargo. (Com informações do Uol.)