Comissão Europeia dá parecer favorável à entrada da Ucrânia na União Europeia

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A Comissão Europeia, órgão independente que representa os interesses da União Européia, emitiu nesta sexta-feira (17) um parecer favorável à entrada da Ucrânia no bloco. É um passo importante para que o país, em guerra contra a Rússia há mais de 100 dias, seja aceito no grupo.

A Ucrânia solicitou a adesão à UE apenas quatro dias após as tropas russas cruzarem sua fronteira em fevereiro. Quatro dias depois, o mesmo aconteceu com a Moldávia e a Geórgia – dois outros Estados ex-soviéticos que lutam contra regiões separatistas ocupadas por tropas russas.

“A Ucrânia demonstrou claramente a aspiração do país e a determinação do país de viver de acordo com os valores e padrões europeus”, disse a chefe da Comissão Executiva da UE, Ursula von der Leyen, em Bruxelas. Ela fez o anúncio vestindo cores ucranianas, um blazer amarelo sobre uma camisa azul.

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No entanto, segundo Ursula, o apoio ao ingresso da Ucrânia está condicionado na realização de uma série de reformas no país. Entre as mudanças exigidas, estão o fortalecimento do combate à corrupção, a garantia de legislação contra lavagem de dinheiro e a limitação da influência de oligarcas na política e economia.

O presidente ucraniano, Voloymyr Zelenskiy, agradeceu a von der Leyen e aos Estados-membros da UE no Twitter por uma decisão que chamou de “o primeiro passo no caminho da adesão à UE que certamente deixará nossa vitória mais perto”.

Os líderes dos 27 membros da UE vão se reunir na próxima semana, nos dias 23 e 24 de junho, e devem discutir a opinião apresentada pela Comissão. Espera-se que a decisão seja endossada, porém, mesmo que a recomendação seja aprovada de forma unânime, o processo de adesão costuma demorar anos.

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Além da Ucrânia, a Comissão recomendou o status de candidata também para Moldávia, mas rejeitou o mesmo status para a Geórgia, afirmando que o país precisa atender a mais condições. Von der Leyen disse que a Geórgia tem uma forte candidatura, mas precisa se unir politicamente. Um diplomata sênior próximo ao processo citou retrocessos nas reformas lá.

Se admitida, a Ucrânia seria o maior país da UE em área e o quinto mais populoso. Todos os três candidatos são muito mais pobres do que qualquer membro da UE existente, com produção per capita em torno da metade do mais pobre, a Bulgária.

Com informações de Terra e CNN.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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