Solidariedade questiona, no STF, restrições sobre reutilização de peças automotivas

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Cármen Lúcia Minis. STF
cármen lúcia – Ministra STF

O partido Solidariedade ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7599) no Supremo Tribunal Federal (STF), contestando dispositivos de uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e de uma lei do estado de Goiás que proíbem a reutilização de peças e conjuntos automotivos considerados como itens de segurança. A ministra Cármen Lúcia foi designada para relatar o caso.

Conforme o artigo 4° da Resolução 611/2016 do Contran e o artigo 6° da Lei estadual 19.262/2016, fica vedada a destinação à reposição de itens como o sistema de freios, controle de estabilidade, airbags e cintos de segurança, independentemente de seu estado de conservação.

Defeito em carro zero não solucionado no prazo legal
Créditos: Photology1971 / Shutterstock.com

O Solidariedade alega que tais normas violam o princípio da reserva legal ao estabelecerem uma proibição sem apresentar critérios técnicos, algo que não foi feito sequer pela lei federal que regula a atividade de desmontagem de veículos (Lei 12.977/2014). Além disso, segundo o partido, as restrições criam uma reserva de mercado ao beneficiar os fabricantes de automóveis e suas peças de reposição, que geralmente são mais caras do que as peças reutilizadas, indo de encontro ao princípio da liberdade econômica.

Com informações do Supremo Tribunal Federal (STF).


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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