Na quinta-feira, 28, o ministro do STF determinou o sigilo da operação Spoofing, que investiga a invasão de dispositivos eletrônicos de autoridades. O sigilo foi pedido pela defesa do ex-presidente Lula, que conseguiu acesso às mensagens da operação no final de dezembro. A defesa de Lula alegou “haver nos autos material que a defesa considerou sigiloso”.
Na quarta-feira, 27, antes do sigilo ser determinado, a defesa de Lula havia incluído na ação uma petição em que os próprios advogados divulgam algumas mensagens já analisadas por um perito judicial.
As informações foram divulgadas pela Revista Veja, que teve acesso ao conteúdo e divulgou diálogos entre o ex-juiz Sérgio Moro e o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Deltan Dellagnol. Parte do conteúdo é de conhecimento público já que foi divulgado pelo The Intercept Brasil, na chamada Vaza Jato.
Em uma das mensagens, de 2016, Moro pergunta se a denúncia contra Lula seria “sólida” o suficiente. Em outro momento, orienta Deltan a validar as provas na PF. Na vexatória troca de conversas, Deltan diz ao juiz como conduzir o interrogatório de um réu.
Em outra das mensagens que foram incluídas pela defesa de Lula na ação, de 2016, Moro pergunta se os procuradores têm uma “denúncia sólida o suficiente”. Em seguida, Dallagnol informa a ele linhas gerais do que os procuradores pretendiam apresentar contra Lula.
Ainda na quinta-feira, o ex-coordenador da Lava Jato Deltan Dallagnol e outros sete procuradores fizeram petição no STF para que o ministro Ricardo Lewandowski reconsidere a decisão de dar a Lula acesso às mensagens da Operação Spoofing, eles alegam terem sido vítimas de hackeamento, mas que não reconhecemos as mensagens.
Com informações de Migalhas e Veja.
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