Júri condena homem a 24 anos de prisão por feminicídio em festa familiar

Data:

Júri condena homem a 24 anos de prisão por feminicídio em festa familiar | Juristas
Créditos: Billion Photos/Shutterstock.com

Valdemir Pereira da Silva Júnior foi condenado pelo Tribunal do Júri de Planaltina a uma pena total de 24 anos e seis meses de reclusão, após ter matado sua companheira com golpes de faca durante uma festa em sua residência, na presença de familiares e amigos. Além disso, ele foi condenado a dois meses de detenção por ter lesionado a vizinha da vítima sem intenção.

A denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios foi acolhida pelo júri popular, que considerou Valdemir culpado pelo crime de feminicídio por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa, em um contexto de violência doméstica, além de lesão corporal culposa.

O Juiz Presidente do Júri destacou a agressividade com que o réu atacou a vítima, que sofreu 10 feridas cortantes e perfurocortantes, evidenciando a brutalidade e selvageria do acusado. O magistrado também observou que Valdemir é reincidente e não possui boa conduta social.

Em virtude da gravidade do crime e da reincidência do réu, o juiz determinou o cumprimento da pena de reclusão em regime inicial fechado e a detenção em regime semiaberto, com a pena mais grave sendo cumprida primeiro. Valdemir foi preso durante o processo e não poderá recorrer em liberdade.

Número do processo: 0705758-97.2021.8.07.0005

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Cães podem ser representados judicialmente por tutor, decide TJSC

Em uma decisão que marca um avanço significativo no reconhecimento dos direitos dos animais, a 3ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça concluiu que cães podem ser representados judicialmente por seus tutores em situações que envolvam maus-tratos. O caso analisado tratou dos cães Tom e Pretinha, vítimas de disparos de arma de fogo que resultaram em ferimentos graves. O tutor dos animais acionou a Justiça buscando indenização por danos morais e materiais, enquanto o autor dos disparos alegava que os cães não poderiam figurar como parte em um processo judicial.

Tribunal nega indenização por explosão de celulares por ausência de prova de defeito de fabricação

A 5ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) manteve sentença que julgou improcedente o pedido de indenização por danos materiais, estéticos e morais ajuizado por uma consumidora contra uma seguradora, uma fabricante de celulares e uma loja de departamentos. A controvérsia girava em torno da explosão de dois aparelhos celulares, supostamente adquiridos na loja ré e segurados pela empresa também demandada.

Homem é condenado a mais de 16 anos de reclusão por tentativa de feminicídio

O Tribunal do Júri da comarca de Lages condenou um homem a 16 anos, 2 meses e 14 dias de reclusão, em regime inicial fechado, por tentativa de feminicídio. O crime, ocorrido na madrugada de 5 de agosto de 2023, no bairro Universitário, foi praticado contra a companheira do réu, que foi trancada dentro de casa e teve o imóvel incendiado.

Ofensas em grupo de WhatsApp com 172 pessoas geram indenização de R$7,5 mil e retratação pública

A 8ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) manteve a condenação de um homem ao pagamento de indenização por danos morais e à realização de retratação pública por ofensas proferidas em um grupo de WhatsApp. A decisão reforça o entendimento de que o ambiente digital não está imune à responsabilização civil por atos que violem a honra e a imagem de terceiros.