Carole Ghosn, mulher do empresário Carlos Ghosn, responsável pela aliança Renault e Nissan, está impedida de ver o marido desde abril. Ele foi preso em novembro, acusado de fraude pela montadora japonesa, mas foi solto sob fiança, sem poder deixar o Japão.
Membros da família se revezam acompanhar o executivo, mas Carole foi proibida pelas autoridades do país de ver o marido, porque poderia influenciar potenciais testemunhas do caso ao fazer declarações à mídia.
Diante da situação, ela deu entrevista ao Estado de S. Paulo fazendo um apelo ao presidente Jair Bolsonaro para que tenha uma posição mais enérgica em relação ao cidadão brasileiro que, em sua visão, não recebe tratamento justo.
Ela disse na entrevista: “É hora de o presidente brasileiro se envolver e perguntar ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, por que esse homem está na prisão. […] Passaram-se nove meses e não há data para um julgamento. Não tivemos sequer acesso às evidências da acusação.”
Como não há data para o julgamento de Ghosn, Carole adotou a estratégia de chamar a atenção para o caso. Ela disse que já recebeu sinalizações importantes, como da Human Rights Watch e do Ministério das Relações Exteriores do Líbano. O Itamaraty afirmou que “o consulado do Brasil em Tóquio acompanha o caso e presta a assistência consular cabível”.
(Com informações do Uol)