Negativação indevida no Serasa justifica indenização por danos morais

Data:

Consumidor foi cobrado por dívida bancária de quase R$ 550 por serviços que não tinha conhecimento

Negativação indevida no Serasa justifica indenização ao consumidor. A decisão beneficia homem em Minas Gerais. Ele estava sendo cobrado por uma dívida bancária que não tinha conhecimento.

Empresa de buffet é condenada por negativar cliente de forma irregular
Créditos: hvostik / Shutterstock.com

Assim que contratado para trabalhar em obra, o consumidor foi avisado que precisaria abrir conta salário no Banco do Brasil para receber a remuneração. A instituição financeira, entretanto, não avisou que haveria o pagamento de taxa de manutenção mensal.

Anos mais tarde, o autor da ação foi surpreendido enquanto comprava uma televisão. Ele tomou conhecimento de que seu nome estava negativado no Serasa. Àquela altura, a dívida com o banco já somava quase R$ 550.

Saiba mais:

A 7ª Vara Cível da Comarca de Governador Valadares (TJ-MG) anulou o débito e condenou o Banco do Brasil a pagar R$ 10 mil por danos morais. De acordo com o relator, desembargador Domingos Coelho, a conta salário não gera tarifas bancárias. Ao contrário da conta-corrente, ela não dá direito a talão de cheques, facilidades para crédito e tarifas sobre saques.

"A instituição financeira, ao iniciar e dar continuidade à cobrança de taxas bancárias, quando a conta do autor era para fim exclusivo de recebimento de salário, afrontou o princípio da boa-fé objetiva, que deve permear as relações contratuais”, afirma o relator.

Notícia produzida com informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Rakal Daddio
Rakal Daddio
Jornalista com quase 10 anos de carreira. Passagens por agências e meios de comunicação. É repórter do Juristas desde 2019.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Modelo de recurso contra multa por não obedecer à sinalização de trânsito

Modelo para recurso contra multa por não obedecer à...

TJSP invalida venda de empresa por inclusão de crédito do qual não é titular

A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, em julgamento estendido, declarou a invalidade da venda de uma empresa que incluía no preço final valores de precatórios dos quais não era titular, caracterizando uma operação de crédito a non domino.

Mantida multa de empresa que vendia produtos fora do prazo de validade

A 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou a decisão da Vara de Viradouro, proferida pela juíza Débora Cristina Fernandes Ananias Alves Ferreira, que negou o pedido de anulação de uma multa aplicada pelo Procon a um estabelecimento comercial. O local foi multado em R$ 20,6 mil por vender produtos fora do prazo de validade.

Plano de saúde custeará exame genético para tratamento de síndrome

A 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a decisão da 10ª Vara Cível de Campinas, proferida pelo juiz André Pereira de Souza, que determinou que uma operadora de plano de saúde deve autorizar e custear a avaliação genética com pesquisa etiológica para um beneficiário portador da Síndrome de West.