O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) encaminhou processo de estupro contra o ator argentino Juan Darthés para a Justiça de São Paulo.
Ele é acusado de ter abusado a atriz Thelma Fardin durante uma turnê na Nicarágua, em 2009, quando ela tinha 16 anos e ele, 45. O caso foi revelado por Thelma em 2018, como parte do movimento #MeToo na Argentina. A informação é do G1.
A atriz afirmou em coletiva a imprensa, em 2018, que foi atacada pelo ator em 2009, durante uma turnê da peça infantil “Patito feo” pela Nicarágua, quando tinha 16 anos. Segundo ela, o colega da produção a forçou a fazer sexo no hotel em que estavam. “Uma noite começou a beijar meu pescoço, e eu disse que parasse. Então ele agarrou minha mão e me disse: ‘Veja como você me deixa'”, afirmou ela em vídeo exibido na ocasião.
Conforme o G1 a atriz disse na entrevista dada junto ao coletivo Atrizes Argentinas, que o ator seguiu com o abuso, “Me jogou na cama, baixou meu short e me fez sexo oral. Segui dizendo que não. Disse: ‘Teus filhos têm a minha idade’. Ele não se importou. Subiu em cima de mim e me penetrou. Neste momento, alguém bateu à porta e eu pude sair do quarto do hotel”, afirmou Thelma Fardin.
Darthés é brasileiro e possui dupla cidadania. Com uma ordem de prisão emitida pela Interpol, ele se mudou para o Brasil. Em abril de 2021, o ator foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo por crime de estupro. O MP afirmou que “o Brasil possui jurisdição para o processamento e julgamento dos fatos descritos na denúncia, imputados a brasileiro nato e consumados na Nicarágua”.
No entanto, a 5ª Turma do TRF3 atendeu ao pedido feito pela defesa do ator e considerou que o julgamento do crime em questão não é de competência da Justiça Federal, mas sim da esfera estadual.
Em nota, o movimento Me Too Brasil expressou apoio à atriz Thelma Fardin.
“A decisão não absolve o acusado ou encerra o processo mas, baseada em conflito de competência levantado pela defesa, acarretará no reinício do processo e terá impacto negativo para a vítima. O Me Too Brasil espera que a Justiça Estadual de São Paulo acolha integralmente a instrução probatória e os atos processuais que já correram por tantos anos na esfera federal”, diz o texto.
Com informações do G1.
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