Dados levantados pelo CSJT revelam a percepção dos usuários a respeito da qualidade no uso do Processo Judicial Eletrônico na Justiça do Trabalho
A terceira edição da Pesquisa de Qualidade do Processo Judicial Eletrônico (PJe), desenvolvida pela Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do CSJT, revelou que o Sistema PJe instalado na Justiça do Trabalho é fácil de ser utilizado e satisfaz as necessidades dos usuários .
A pesquisa foi aplicada para públicos distintos, como servidores e magistrados dos Tribunais Regionais do Trabalho, servidores e membros do Ministério Público do Trabalho e advogados que utilizam o Sistema.
O levantamento, aplicado em novembro de 2016, compreendeu a satisfação das pessoas enquanto usuárias, falhas do Sistema, facilidade de uso e rapidez do Sistema PJe. O questionário, que foi enviado por e-mail aos usuários cadastrados, ficou disponível para resposta por aproximadamente 20 dias.
No total, quase 20 mil pessoas participaram da pesquisa. Destes, 13 mil foram advogados, 5.600 servidores e magistrados dos TRTs e 332 servidores ou membros do MPT.
Atende necessidades como usuário
Quando questionados se o Sistema PJe instalado na Justiça do Trabalho atende as necessidades de usuário, 71,66% dos participantes da pesquisa pelo MPT, 48,28% dos TRTs e 41,05% dos advogados, concordaram com a questão.
No quesito facilidade de uso, o questionário da pesquisa de qualidade obteve aprovação de 57,69% dos TRTs, de 64,32% dos MPTs e de 43,90% dos advogados.
Satisfação total
Na pesquisa aplicada aos representantes do MPT, foi constatado que apenas a 21ª e 22ª Região apresentaram satisfação total abaixo de 40%, enquanto que os MPT’s da 3ª, 5ª, 6ª, 7ª, 14ª, 16ª, 18ª, 19ª, 20ª e 23ª Regiões apresentaram satisfação maior que 60%.
Já na avaliação dos TRTs, o PJe apresentou satisfação total abaixo de 40%, para os Regionais da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 8ª, 9ª, 10ª, 12ª, 15ª, 17ª e 18ª Regiões, enquanto que os TRT’s da 7ª, 14ª, 16ª, e 21ª Regiões apresentaram satisfação maior que 50%.
A partir dos dados coletados e das análises realizadas ficou constatado também que houve um acréscimo no índice de satisfação geral de 2% dos usuários da Justiça do Trabalho e de 19,67% entre os representantes do MPT, correspondendo cerca de 58% de contentamento com o Sistema para o MPT.
Já em relação aos advogados, que participaram pela primeira vez da pesquisa, foi constatada a satisfação total de 35,57%. A maior parte das críticas estão relacionadas à falhas existentes e quanto a rapidez do sistema.
A Coordenação Nacional do PJe destaca que o Sistema Processo Judicial Eletrônico está em constante evolução e a melhorias na qualidade do Sistema dependem dos feedbacks dos usuários com críticas e sugestões para o seu aperfeiçoamento. A ideia da coordenação é repetir periodicamente a pesquisa, incentivando a participação de um maior número de pessoas, para definição dos rumos e diretrizes do Sistema PJe.
“A análise crítica dos usuários do sistema é o melhor caminho para melhorarmos o PJe. A participação da advocacia na Pesquisa foi muito válida para o diagnóstico e atendimento das melhorias apontadas pelos usuários, o que permitirá no futuro uma satisfação maior do PJe, como ocorreu no MPT”, avaliou o coordenador nacional do PJe, o juiz auxiliar Fabiano Coelho de Souza.
(Taciana Giesel)