Rhema Hotel Pousada é condenada a reparar danos morais causados a fotógrafo

Data:

Rhema Hotel Pousada é condenada a reparar danos morais causados a fotógrafo | Juristas
Créditos: Gecko Studio/shutterstock.com

Trata-se das Apelações Cíveis nº 0065092-25.2012.815.2001 promovida por José Pereira Marques Filho, representado por Wilson Furtado Roberto, em face de Rhema Hotel Pousada, e vice-versa.

José Pereira, fotógrafo, ajuizou ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos morais e materiais em face de Rhema Hotel Pousada devido à contrafação de sua obra fotográfica. O juiz de 1º grau julgou parcialmente procedente a presente ação, condenando o demandado ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 4.000,00, e à imediata suspensão da utilização da fotografia do acervo do autor.

Rejeitou, porém, o pedido de indenização por danos materiais. Sobre a divulgação da autoria na forma do art. 108, III, da Lei de Direitos Autorais, restou silente. Diante disso, o fotógrafo ingressou com a presente apelação cível para ver seu pleito atendido pelo TJPB, além de pedir a majoração do dano moral.

Inconformada com a sentença de 1º grau, Rhema Hotel também ingressou com a apelação, aduzindo a inexistência de dano moral, pugnando pela reforma da sentença para que seja julgada improcedente a ação.

Para o TJPB, é caso de sentença “citra petita”, pois a prestação jurisdicional foi feita aquém do pleiteado pela parte demandante. Ainda assim, o desembargador afirma ser possível a aplicação da Teoria da Causa Madura, prevista no art. 1003, §3º, III do Novo CPC: “Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo”.

No tocante ao mérito, confirmou a contrafação da obra e a autoria do fotógrafo, mas não majorou o valor da indenização por danos morais e afastou a ocorrência de danos materiais por ausência de provas.

Devido à nulidade da sentença, por ser citra petita, o TJPB julgou prejudicados os recursos e utilizou o artigo 1.003 para decidir o mérito.

Neste sentido, determinou a suspensão da utilização da fotografia por parte do demandado, no prazo de 24 horas, no seu site ou em qualquer outro local em que, porventura, tenha divulgado a fotografia do autor indevidamente. Também, condenou o promovido a republicar, no prazo de 48 horas, os créditos da obra contrafeita em jornal de grande circulação.

Flávia Costa
Flávia Costa
Correspondente do Portal Juristas

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Empresa condenada por uso indevido de marca registrada

A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que uma empresa cessasse a venda de roupas que utilizavam indevidamente uma marca registrada por outra empresa do mesmo segmento.

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.