Sócio é condenado por litigância de má-fé ao fingir ser empregado em ação trabalhista

Data:

A juíza Tatiane Pastorelli Dutra, da 1ª Vara do Trabalho de Diadema (SP), condenou um homem ao pagamento de R$ 20 mil por litigância de má-fé, especificamente por ter fingido ser empregado no processo, quando na verdade era sócio da empresa.

Na inicial, o homem afirmou ter sido contratado como gerente-geral em uma empresa, mas seu contrato foi encerrado após dois meses.

Apesar disso, alegou que exerceu a função informalmente por cerca de dois anos. Por isso, pediu o reconhecimento de vínculo empregatício, juntando aos autos extratos bancários e e-mails trocados com a empresa.

Ao analisar as provas, a magistrada notou incoerência nos fatos narrados, já que o autor ajuizou outra ação, na Justiça comum, alegando ter firmado um contrato de sociedade com a empresa processada.

Isso já seria insuficiente para negar o pedido, mas a juíza entendeu que existiam outras pistas que comprovam que o autor mentiu no processo, especialmente o fato de que, após deixar a gerência, o homem propôs sociedade, por meio de sua filha, que ingressou na empresa.

Além disso, o homem se tornou sócio de outra empresa, que passou a negociar com seu antigo empregador. Para a juíza, é a explicação para e-mails e extratos de pagamento juntados aos autos.

Ela entende ainda que a ação trabalhista é uma espécie de “vingança”, porque houve um desgaste comercial em relação à filha do autor, que foi afastada da sociedade

A magistrada concluiu, então, que o autor alterou a verdade dos fatos para prejudicar a empresa, motivo pelo qual foi condenado ao pagamento de multa por litigância de má-fé (10% do valor da causa).

 

Processo: 1000837-59.2017.5.02.0261

Fonte: Conjur

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.

Justiça condena hospital, plano de saúde e médico a indenizar paciente por erro em cirurgia

A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou uma decisão da Comarca de Belo Horizonte que responsabiliza um hospital, um médico anestesista e um plano de saúde pelo pagamento de indenizações à uma paciente, totalizando R$ 200 mil, divididos igualmente entre danos morais e estéticos.