Defesa de juiz que atirou no vizinho diz que vídeo deve ser periciado

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Defesa de juiz que atirou no vizinho
Créditos: Mariusz Blach | iStock

Recentemente, surgiu um vídeo em que o juiz Jorge Jansen Counago Novelle, da 15ª Vara Cível do Rio, aparece atirando contra seu vizinho de prédio. Em nota, a defesa do magistrado disse que o vídeo precisa passar por perícia. Curiosamente, não negou que o juiz tenha feito o disparo.

O caso ocorreu em Copacabana, dia 1º de maio. Aparentemente, o juiz, com a voz embargada, disse para seu vizinho: "Agora eu sou mais maluco que você, tá entendendo? Tu tá me filmando por quê? Tu é bandido. Tu é safado. Tu tá tocando a minha campainha de madrugada. Tu vai me filmar? Tá me ameaçando de alguma p...? Tá me ameaçando, é? Então tome bala". E então atirou, mas o vizinho não foi atingido.

A polícia investiga o caso e o TJRJ instaurou um procedimento interno para apuração dos fatos. Os advogados do magistrado disseram que o vizinho contou uma versão mentirosa às autoridades e que é réu em ações penais. (Com informações do Consultor Jurídico.)

Nota de Esclarecimento (Defesa disponível para download)

NOTA

Em razão das notícias veiculadas no último dia 11 de junho, a Defesa do magistrado Dr. Jorge Jansen Couñago Novelle vem esclarecer o seguinte:

  1. O Sr. Pedro Guerra narrou à imprensa uma versão que não condiz com a verdade dos fatos, apresentando ao Tribunal de Justiça vídeos que necessitam ser periciados.

  2. Naturalmente, Pedro Guerra não gravou o momento em que proferiu graves ameaças em face do magistrado e se dirigiu ao apartamento, durante a madrugada, batendo à porta em tom intimidador. Tampouco fez menção aos recentes episódios em que esteve envolvido, no mesmo edifício, quando tentou invadir o apartamento de outro morador, octogenário.

  3. As mídias ilegalmente vazadas por ele esclarecem que, no momento do fato, o aparelho encontrava-se estático, encostado em uma parede do lado de fora da janela interna do condomínio, sem a sua presença.

  4. Este senhor é réu em diversas ações penais, foi despejado do condomínio por falta de pagamento, se não bastassem os registros de conduta antissocial que incluem, da utilização do imóvel para fins comerciais à prática de atos obscenos.

  5. Há informações ainda de que na data dos fatos, Pedro Guerra não teve sequer condições de acompanhar o trabalho dos agentes policiais e se encontrava desacordado no chão do apartamento.

  6. O Dr. Jorge Jansen, por outro lado, é magistrado há vinte e um anos, foi defensor público por sete, sendo respeitado e reconhecido por suas decisões em favor dos direitos fundamentais das pessoas menos favorecidas.

  7. Recentemente, foi responsável por determinar ao Facebook que fossem retiradas as informações falsas sobre a vereadora Marielle da rede social, decisão importante à preservação da sua memória e da dignidade da sua filha e companheira.

  8. O contexto dos fatos está sendo examinado em procedimento sigiloso junto ao TJRJ, oportunidade em que serão esclarecidos todos os detalhes do acontecimento.

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