Um encontro foi realizado, reunindo as secretarias municipais e estaduais, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público, com o objetivo de combater a exploração sexual infantil. Ações preventivas serão realizadas nas escolas.
A exploração sexual infantil é uma violação dos direitos humanos que infelizmente ocorre em todo o país. No Brasil, diariamente, 80 crianças e adolescentes são vítimas de violência sexual, física e/ou psicológica, de acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Para intensificar a luta contra esse crime, o mês de maio foi escolhido simbolicamente como o momento de maior enfoque nessa questão.
Na quarta-feira, dia 24, representantes do Poder Judiciário de Tarauacá, no Acre, incluindo as juízas de Direito substitutas Isabela Gouveia e Bruna Perazzo, participaram de uma reunião que envolveu diversos órgãos e instituições. O objetivo do encontro era unir esforços para combater a exploração sexual infantil.
A iniciativa foi articulada pela Prefeitura de Tarauacá, por meio da Coordenadoria da Mulher e da Secretaria de Educação. Além das juízas e dos representantes do Poder Judiciário, estavam presentes membros do Conselho Tutelar, Ministério Público do Estado do Acre, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Programa Criança Feliz e Secretaria de Estado de Educação.
Como resultado da reunião, ficou definido que seriam realizadas palestras nas escolas, com o objetivo de abordar o tema, fornecer informações e estimular reflexões. A juíza Isabela Gouveia elogiou a iniciativa da prefeitura em orientar e capacitar os gestores escolares e professores para lidarem com crianças e adolescentes vítimas de violência sexual.
Devido ao fato de muitas agressões ocorrerem dentro das próprias famílias, é natural que as crianças e adolescentes busquem na escola um ambiente de confiança para se abrir e denunciar seus agressores. Portanto, é importante que os educadores estejam preparados para desempenhar esse papel e identificar possíveis casos de violência por meio do comportamento de seus alunos, destacou a juíza Isabela.
A juíza Bruna Perazzo ressaltou que a intenção é realizar ações frequentes no município, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância de denunciar e sobre os traumas e consequências que as vítimas podem enfrentar. O objetivo é unir forças para sensibilizar toda a sociedade e combater a violência sexual infantil, bem como qualquer outro tipo de violência contra crianças e adolescentes.
Segundo a coordenadora da Mulher do município, Socorro Araújo, as palestras nas escolas têm um efeito muito positivo tanto nos professores quanto nos estudantes. Portanto, o apoio das instituições nesse trabalho é fundamental.
(Com informações do TJAC- Tribunal de Justiça do Acre)