No universo jurídico motivação e liderança na advocacia são temas que estão ganhando espaço. Afinal, não é segredo para ninguém que bons líderes são responsáveis por times motivados e produtivos. Hoje, em razão da alta competitividade do mercado, trabalhar em alta performance é uma necessidade, em especial para aqueles que pretendem se destacar. Nesse sentido, a liderança na advocacia pode ser um diferencial não apenas em termos de resultados, como também é uma boa forma de evitar processos de cisão traumáticos e perda de clientes.
Trabalhar a liderança na advocacia é fundamental para que o time de profissionais atue mais satisfeito, reconheça a sua importância dentro do escritório e contribua para os melhores resultados. Para quem é sócio ou gestor de um escritório é preciso compreender a importância da liderança na advocacia e como ela pode influenciar tanto a alta produtividade, quanto o engajamento e a motivação. Para saber mais sobre liderança e quais são habilidades necessárias para um advogado exercê-la, vale a pena conferir!
Liderança na advocacia: a peça chave engajar
Ter um time de advogados engajados e atuando em alta performance não é algo impossível, porém demanda esforço e dedicação por parte de um líder. Durante um bom tempo, os escritórios de advocacia se estruturaram a partir de relações de hierarquia, onde os sócios eram responsáveis por suas equipes e pelos resultados promovidos por elas. Hoje, no entanto, os modelos de gestão na advocacia estão mudando. Em vez do modelo vertical, baseado em hierarquias rígidas e metas, muitos adotam o modelo horizontal onde as responsabilidades são compartilhadas, fazendo com que os advogados se sintam parte do escritório e celebrem os frutos do seu trabalho. Nesse modelo, a liderança na advocacia é essencial.
Ser um advogado líder, no entanto, requer estabelecer relações positivas entre advogados, estagiários, sócios e até o administrativo e financeiro. Um líder é responsável não apenas pelos resultados do escritório, como também é quem identifica as necessidades e habilidades de cada advogado do time, incentivando-o a sempre dar o seu melhor. Além disso, ao líder cabe alinhar os interesses de cada advogado com as necessidades do escritório, buscando sempre a maximização dos resultados.
Habilidades de um líder
Para exercer a liderança na advocacia e fazer com que os advogados se engajem e deem o seu melhor, é preciso ter algumas habilidades específicas. Somente assim é possível motivar profissionais, estabelecendo relações de parceria e valorizando o trabalho em equipe. Essas características não são um dom e devem ser desenvolvidas e continuamente aprimoradas através de treinamentos e capacitação, além de claro, autoconhecimento.
Boa comunicação
Um advogado líder deve ser claro ao repassar as informações para o time de advogados. Além disso, precisa saber ouvir a equipe antes de tomar qualquer atitude ou ação. O trabalho do líder depende das respostas da sua equipe. Por isso, a boa comunicação é uma peça chave para que surja uma boa sintonia entre todos.
Participação
Mais do que comandar, um advogado líder deve atuar em conjunto com a equipe do escritório, participando ativamente na gestão de processos, clientes e trabalhos jurídicos em geral. Isso faz com que ele possa compreender melhor os interesses individuais, equilibrando as metas de cada advogado do time com os objetivos globais do escritório. Além disso, a participação ativa do líder favorece os laços de confiança e respeito, possibilitando maior comprometimento e produtividade.
Proximidade
Um bom líder tem relações de proximidade com sua equipe, evitando que surjam barreiras que possam prejudicar o rendimento internamente. A proximidade também ajuda a compreender o perfil de cada advogado, possibilitando ao líder direcionar corretamente as atividades e tarefas dentro do grupo.
Preocupação
É fundamental que o advogado líder demonstre que se preocupa de fato com o seu time que busca o melhor, tanto individualmente, quanto coletivamente. Isso faz com que os colaboradores se sintam motivados a darem o seu melhor, pois sabem que o trabalho de todos contribui para o bem-estar coletivo e existe um líder batalhando por isso.
Individualidade de cada advogado
Muitos líderes erram ao estabelecer um tratamento coletivo, sem respeitar a individualidade de cada advogado que atua no escritório. É preciso conhecer os pontos fracos e fortes de cada membro da equipe, para saber distribuir melhor as tarefas e também desenvolver laços mais sólidos dentro do grupo.
Um líder também deve conhecer de forma individual cada membro da equipe, pois precisa saber ouvir e sentir as necessidades dos profissionais para que, assim, possa alinhá-los com a cultura do escritório. Um líder motivador precisa fortalecer as relações de colaboração e produção, para que então promova o trabalho em alta performance e bons resultados.
Como motivar e inovar através da liderança na advocacia
Liderar e manter uma equipe motivada não é uma tarefa simples em nenhuma empresa ou escritório de advocacia. Assim, o próprio líder precisa se preparar para assumir os desafios que terá para manter seu time motivado.
Um bom líder também precisa ser flexível, adaptando-se às circunstâncias tanto positivas quanto negativas. É preciso ser maleável para encontrar soluções rápidas e conciliar interesses diversos que podem vir tanto dos próprios funcionários, como da gestão.
Além disso, é fundamental que o líder consiga conciliar todas as demandas, tanto dos sócios quanto dos advogados do time. Para isso, ele precisará contar com uma boa gestão de tempo, já que irá realizar muitas tarefas de modo quase simultâneo muitas vezes.
Por fim, é fundamental que o próprio líder esteja motivado para que possa transmitir aos colaboradores o mesmo impulso na hora de se colocar em ação em prol dos objetivos comuns.
Cada vez mais escritórios estão atentos à liderança na advocacia. Muitos já perceberam que contar com bons líderes é a melhor forma para manter o escritório unido e gerar bons resultados. Com a adoção do modelo horizontal de gestão, o desenvolvimento de lideranças na advocacia tende a se transformar em uma tendência e também gerar mais espaço para que as estruturas rígidas sejam substituídas por modelos mais flexíveis e mais focados em ganhos.
Você já conhecia as habilidades para exercer a liderança na advocacia? Veja como ela pode contribuir para a advocacia remota.
*Artigo escrito em coautoria com Helga Lutzoff Bevilacqua