Democracia e educação para combater fake news é apontada por debatedores

Data:

Em reunião na tarde desta terça-feira (3), a CPI das Fake News ouviu, as experiências de cinco jornalistas convidados. Eles apontaram a educação e o fortalecimento da democracia como formas de combater a desinformação.

De acordo com o jornalista Arnaldo Cesar Ricci Jacob, representante da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), as fake news corroem a democracia, pois confundem a formação da opinião pública e desestabilizam o estado democrático de direito. Ele afirmou que a ABI tem 111 anos de fundação e sempre teve um papel importante na trajetória democrática do país. Assim, disse Jacob, o fenômeno das notícias falsas também tem sido estudado pela ABI. Ele considerou que as fake news hoje em dia deixaram de ser amadoras e alertou para o risco do deep fake, quando vídeos são adulterados para a inserção de rostos em uma situação alheia.

Para Arnaldo Jacob, a ABI desenvolve ferramentas para captar as informações nocivas que estão dentro da rede. Depois, uma equipe faz a pesquisa para conferir a veracidade da notícia e reinjeta nas redes sociais uma “vacina”, que é um aviso sobre a suspeição de uma informação. Ele acrescentou que uma grande questão para a ABI hoje é: como combater fake news em um país em que o grande mandatário produz fake news?

Ele ainda sugeriu aos Congresso a criação de mecanismos que apoiem e financiem instituições que pesquisam informação digital e podem ajudar a combater a disseminação de notícias falsas.

— A ABI percebeu que é preciso combater as fake news no campo em que as fake news se manifestam: as redes sociais — declarou.

Proposições legislativas MPV 905/2019

 

Fonte: Agência Senado

 

Ezyle Rodrigues de Oliveira
Ezyle Rodrigues de Oliveira
Produtora de conte

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Concessionária de energia é condenada a indenizar usuária por interrupção no fornecimento

A 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação de uma concessionária de energia ao pagamento de R$ 10 mil por danos morais a uma usuária que ficou sem fornecimento de energia elétrica por quatro dias, após fortes chuvas na capital paulista em 2023. A decisão foi proferida pelo juiz Otávio Augusto de Oliveira Franco, da 2ª Vara Cível do Foro Regional de Vila Prudente.

Homem é condenado por incêndio que causou a morte do pai idoso

A 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a condenação de um homem pelo crime de incêndio que resultou na morte de seu pai idoso. A decisão, proferida pela Vara Única de Conchal, reduziu a pena para oito anos de reclusão, a ser cumprida em regime fechado.

Remuneração por combate a incêndio no Porto de Santos deve se limitar ao valor do bem salvo

A 9ª Vara Cível de Santos condenou uma empresa a pagar R$ 2,8 milhões a outra companhia pelos serviços de assistência prestados no combate a um incêndio em terminal localizado no Porto de Santos. O valor foi determinado com base no limite do bem efetivamente salvo durante a operação.

Casal é condenado por expor adolescente a perigo e mantê-lo em cárcere privado após cerimônia com chá de ayahuasca

A 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou a condenação de um casal pelos crimes de sequestro, cárcere privado e exposição ao perigo à saúde ou vida, cometidos contra um adolescente de 16 anos. A decisão, proferida pela juíza Naira Blanco Machado, da 4ª Vara Criminal de São José dos Campos, fixou as penas em dois anos e quatro meses de reclusão e três meses de detenção, substituídas por prestação de serviços à comunidade e pagamento de um salário mínimo.