É inconstitucional lei que obriga lotéricas e Correios a contratar segurança armada

Data:

É inconstitucional lei que obriga lotéricas e Correios a contratar segurança armada. O entendimento é do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF).

segurança
Créditos: NDT / Shutterstock.com

O Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários do Distrito Federal (SINDILOTERIAS) e a Associação dos Correspondentes do Banco de Brasília (ASCOSEBAN), ajuizaram ação direta de inconstitucionalidade contra a Lei Distrital nº 5.964/2017.

A norma determinava que casas lotéricas, cooperativas de crédito, correspondentes bancários, agências dos Correios e assemelhados em funcionamento no Distrito Federal contratassem serviço de vigilância profissional armada.

Saiba mais:

As entidades argumentaram que a lei viola a competência privativa da União para legislar acerca de direito comercial e sobre consórcios e sorteios, além além de gerar custos excessivos para o setor. O TJDF já havia aceitado o pedido liminar para suspender a eficácia da norma.

Em defesa, a Câmara Legislativa do Distrito Federal argumentou que era necessário que os usuários dos serviços em questão tivessem segurança semelhante às agências bancárias.

O Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) pediu a improcedência da ação por entender que não havia ilegalidade na lei. No entanto, os desembargadores da corte distrital afirmaram que houve violação dos artigos 2º e 158 da Lei Orgânica do Distrito Federal e mantiveram a posição que adotaram quando analisaram o pedido de medida cautelar.

ADI 2017.00.2.020214-0

Acórdão publicado no Diário de Justiça do TJDF. 

Notícia produzida com informações da Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.

Hysa Conrado
Hysa Conrado
É jornalista, formada pela Universidade São Judas. Tem experiência na cobertura do Poder Judiciário, com foco nas cortes estaduais e superiores. Trabalhou anteriormente no SBT e no portal Justificando/Carta Capital.

1 COMENTÁRIO

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.

Justiça condena hospital, plano de saúde e médico a indenizar paciente por erro em cirurgia

A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou uma decisão da Comarca de Belo Horizonte que responsabiliza um hospital, um médico anestesista e um plano de saúde pelo pagamento de indenizações à uma paciente, totalizando R$ 200 mil, divididos igualmente entre danos morais e estéticos.