Falha na prestação de serviço: consumidora deve ser indenizada por extravio de bagagens

Data:

Proibição de cobrança de bagagens ainda depende de votação na Câmara
Créditos: Maurizio Milanesio / Shutterstock.com

Uma operadora de viagens foi condenada a indenizar uma consumidora por danos morais devido a uma falha na prestação de serviços que resultou no extravio de suas bagagens.

Conforme o processo (5005538-88.2022.8.08.0006), a autora utilizou os serviços de transporte aéreo da ré, partindo de Vitória com destino a Salvador. Entretanto, ao chegar em seu destino final, a consumidora foi surpreendida com o extravio de suas bagagens.

A situação agravou-se pelo fato de que, devido ao incidente, a mulher ficou desprovida de seus pertences, incluindo bens pessoais e materiais de trabalho. Além disso, a requerida não teria fornecido à consumidora informações adequadas sobre o ocorrido, limitando-se a entregar um "Relatório de Irregularidade". Mesmo após um dia, a bagagem da requerente só foi localizada, sem que a empresa tomasse providências para entregá-la.

despacho de bagagens
Créditos: sebastianosecondi / iStock

O pesadelo da consumidora não parou por aí. Ao se dirigir ao aeroporto para recuperar suas bagagens, ela enfrentou a falta de funcionários disponíveis para ajudá-la. Somente após três longos dias, seus pertences foram devolvidos. Em sua contestação, a operadora de viagens alegou que não havia falhado na prestação de seus serviços e que o extravio das bagagens não havia causado danos à autora.

No julgamento do caso, o magistrado concluiu que o Código de Defesa do Consumidor se aplica à situação, já que a relação entre as partes é claramente caracterizada como uma típica relação de consumo. Portanto, o pedido de indenização por danos morais foi acolhido pelo magistrado. No entanto, o pedido de indenização por danos materiais não foi atendido.

Em sua decisão, o magistrado condenou a empresa ré a pagar uma indenização por danos morais no valor de R$ 2 mil à consumidora como reparação pelos transtornos causados pela falha na prestação de serviços.

Com informações do Tribunal do Espírito Santo (TJES).


Você sabia que o Portal Juristas está no FacebookTwitterInstagramTelegramWhatsAppGoogle News e Linkedin? Siga-nos!

Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Modelo de recurso contra multa por não obedecer à sinalização de trânsito

Modelo para recurso contra multa por não obedecer à...

TJSP invalida venda de empresa por inclusão de crédito do qual não é titular

A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, em julgamento estendido, declarou a invalidade da venda de uma empresa que incluía no preço final valores de precatórios dos quais não era titular, caracterizando uma operação de crédito a non domino.

Mantida multa de empresa que vendia produtos fora do prazo de validade

A 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou a decisão da Vara de Viradouro, proferida pela juíza Débora Cristina Fernandes Ananias Alves Ferreira, que negou o pedido de anulação de uma multa aplicada pelo Procon a um estabelecimento comercial. O local foi multado em R$ 20,6 mil por vender produtos fora do prazo de validade.

Plano de saúde custeará exame genético para tratamento de síndrome

A 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a decisão da 10ª Vara Cível de Campinas, proferida pelo juiz André Pereira de Souza, que determinou que uma operadora de plano de saúde deve autorizar e custear a avaliação genética com pesquisa etiológica para um beneficiário portador da Síndrome de West.