Justiça Federal bloqueia R$ 128 milhões de Aécio Neves

Data:

Ação trata de suposta associação criminosa entre o político e o empresário Joesley Batista

A Justiça Federal de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 128 milhões em ativos financeiros do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). Os valores dizem respeito ao total apurado em decorrência da suposta associação criminosa do ex-senador no caso Joesley Batista, do Grupo J&F.

Denúncia por corrupção passiva contra senador Aécio Neves é recebida no STF
Créditos: Adauto Nascimento / shutterstock.com

A decisão é do juiz federal João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal de São Paulo (SP), e também ordena o bloqueio de R$ 226 milhões de outros 15 investigados e mais cinco empresas.

O magistrado acolheu a representação do Ministério Público Federal no caso. O MPF aponta indícios de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Saiba mais:

Segundo o juiz, as evidências do total bloqueado constam em documentos apresentados por executivos do Grupo J&F, diálogos gravados, relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras e nas investigações da Operação Patmos, da Polícia Federal.

“Os indícios apresentados pela autoridade policial vinculam os investigados a possíveis acertos escusos, envolvendo vantagens indevidas em razão de cargos públicos, assim como movimentação financeira suspeita indicativa de eventual delito de lavagem de dinheiro […]. Encontra-se, portanto, demonstrado o fumus boni juris (fumaça do bom direito) para a decretação da medida de sequestro ora requerida”, afirma o juiz.

Consta dos autos que Aécio teria recebido cerca de R$ 128 milhões entre as eleições de 2014 e a compra de um prédio ligado ao jornal Hoje em Dia, além de prestações pagas por meio da Rádio Arco Íris, de propriedade da mãe e da irmã do deputado.

Segundo as investigações, o ex-senador e ex-candidato a presidente teria prometido influência no futuro governo em troca de R$ 100 milhões para a campanha ao Executivo e apoio político em ações de empresas ligadas ao Grupo J&F.

Clique aqui para ler a decisão.

Notícia produzida com informações da Assessoria de Imprensa da Justiça Federal de São Paulo.

Caio Proença
Caio Proença
Jornalista pela Cásper Líbero. Trabalhou em O Diário do Pará, R7.com, Estadão/AE e Portal Brasil.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.

Justiça condena hospital, plano de saúde e médico a indenizar paciente por erro em cirurgia

A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou uma decisão da Comarca de Belo Horizonte que responsabiliza um hospital, um médico anestesista e um plano de saúde pelo pagamento de indenizações à uma paciente, totalizando R$ 200 mil, divididos igualmente entre danos morais e estéticos.