Mãe de bebê que teve assistência médica falha e morreu deve ser indenizada

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STJ considera má valoração de provas e afasta indenização por morte de bebê em Araçatuba (SP)
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A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) por unanimidade votou pelo direito a indenização no valor de R$ 50 mil à mãe de um bebê que morreu no Hospital de Tarauacá em 2016, 25 horas após seu nascimento. O entendimento do colegiado que acompanhou o voto do relator do processo, desembargador Luís Camolez, foi de que a assistência médica ao recém-nascido foi falha e por si só é causa geradora de danos morais passíveis de indenização.

Mantida sentença que condenou escola a indenizar por morte de bebê
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De acordo com o processo, em 4 de agosto de 2016, a mulher que estava no oitavo mês de gravidez, sentia fortes dores abdominais e procurou o hospital de Feijó para saber se era o dia do parto. Atendida por plantonistas, ela foi liberada. Depois de outros retornos ela foi encaminhada para o Hospital Estadual de Tarauacá.

A Defensoria Pública entrou com ação após a vítima procurar a instituição. O estado recorreu contra a sentença, alegando a ausência de negligência, imprudência ou imperícia dos profissionais de saúde de Feijó, assim apontando que o óbito decorreu de um caso fortuito.

Mãe de bebê que teve assistência médica falha e morreu deve ser indenizada | Juristas
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O relator do processo, desembargador Luís Camolez, compreendeu que a assistência médica foi falha, “Está muito clara a existência de uma grave falha na prestação do serviço hospitalar, à proporção que, no período em que a gestante esteve sob os cuidados dos profissionais de saúde do hospital público de Feijó/AC, estes foram negligentes em dar alta hospitalar por duas vezes seguidas, mesmo com indicação de cirurgia cesariana.”

Com informações do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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