O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão significativa ao revogar a prisão de quatro investigados por inserirem supostamente dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. As fraudes estariam relacionadas aos cartões de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, de sua filha e de próximos auxiliares.
As decisões, referentes à Petição (PET) 10405, beneficiam Ailton Gonçalves Moraes Barros (advogado e ex-militar), João Carlos de Sousa Brecha (à época secretário de Saúde de Nova Iguaçu/RJ), Luis Marcos dos Reis (sargento e ex-integrante da Ajudância de Ordens da Presidência) e Sérgio Rocha Cordeiro (assessor especial de Bolsonaro).
Esses investigados haviam sido presos em maio com base na justificativa de garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal. No entanto, o ministro relator alega que, com o encerramento de diversas diligências realizadas pela Polícia Federal e os depoimentos dos investigados, as prisões não são mais necessárias e podem ser substituídas por medidas cautelares diversas.
Dentre as medidas impostas como substitutas à prisão, estão a proibição de se ausentar da comarca e do país, recolhimento noturno e nos fins de semana com uso de tornozeleira eletrônica, comparecimento semanal em juízo, cancelamento de passaporte, suspensão de porte de arma e a proibição de utilização de redes sociais e comunicação com outros envolvidos.
Essa revogação de prisão marca um novo desenvolvimento nas investigações em curso e levanta questões sobre a extensão do suposto esquema de fraude nos dados de vacinação e as implicações legais para os envolvidos. O caso continuará a ser acompanhado de perto à medida que mais informações emergirem.
Com informações do Supremo Tribunal Federal (STF).
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