Suspeitos de hackear Moro e Deltan têm prisão preventiva decretada

Data:

DJ de Araraquara é preso por suspeita de invadir celulares de autoridades
Créditos: Brian A Jackson | iStock

Luiz Molição e Thiago Eliezer Martins, suspeitos de invadir os celulares de autoridades brasileiras, tiveram a prisão preventiva decretada, sem prazo, pela Justiça Federal de Brasília. Eles estavam, desde o dia 19, em prisão temporária devido à segunda fase da operação Spoofing, que investiga a invasão. 

Ambos são apontados como os responsáveis, junto com Walter Delgatti Júnior, de hackear o aplicativo de mensagens Telegram de Sergio Moro, ministro da Justiça, Sergio Moro, e de Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná.

Thiago Batista, advogado de Martins, disse que recorrerá da decisão, já que os fundamentos da conversão da prisão temporária em preventiva se baseiam em "supostas contradições não evidenciadas" nos autos e alegações sem provas "narradas isoladamente por outro investigado". 

A reportagem de hoje, 30, do jornal Estado de S. Paulo afirma que as autoridades envolvidas na investigação entendem que houve prática de crime contra a Lei de Segurança Nacional, no crime de espionagem, cuja pena varia entre 3 a 15 anos de prisão.

segurança
Créditos: BigNazik | iStock

A Polícia Federal diz que pode ter encontrado uma conversa apontando o envolvimento de Molição com o vazamento das mensagens publicadas pelo site The Intercept. Os investigadores afirmam ter encontrado um áudio no celular de Molição que demonstra suposta conversa com o jornalista Glenn Greenwald, além de contatos frequentes entre Molição e Walter Delgatti Neto. Ele afirmou em depoimento que não recebeu valores para repassar as mensagens e que a ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB) intermediou seu contato com o site.

Também estão presos outros supostos hackers que teriam sido pagos para invadir os celulares: Gustavo Santos, Suellen Priscila e Danilo Marques. A PF investiga se isso, de fato, ocorreu e quem teria feito pagamentos, pois as contas dos investigados apresentam saldo incompatível com seus vencimentos, segundo consta em relatórios de investigações.

(Com informações do Uol)

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Modelo de recurso contra multa por não obedecer à sinalização de trânsito

Modelo para recurso contra multa por não obedecer à...

TJSP invalida venda de empresa por inclusão de crédito do qual não é titular

A 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo, em julgamento estendido, declarou a invalidade da venda de uma empresa que incluía no preço final valores de precatórios dos quais não era titular, caracterizando uma operação de crédito a non domino.

Mantida multa de empresa que vendia produtos fora do prazo de validade

A 13ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou a decisão da Vara de Viradouro, proferida pela juíza Débora Cristina Fernandes Ananias Alves Ferreira, que negou o pedido de anulação de uma multa aplicada pelo Procon a um estabelecimento comercial. O local foi multado em R$ 20,6 mil por vender produtos fora do prazo de validade.

Plano de saúde custeará exame genético para tratamento de síndrome

A 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a decisão da 10ª Vara Cível de Campinas, proferida pelo juiz André Pereira de Souza, que determinou que uma operadora de plano de saúde deve autorizar e custear a avaliação genética com pesquisa etiológica para um beneficiário portador da Síndrome de West.