O Banco Central do Brasil será responsável por desenvolver a base de dados e administrar um sistema de pagamentos instantâneos para o Brasil, o que acabaria com TED e DOC e implementaria uma rede de envio de valores em alguns segundos com funcionamento ininterrupto.
A medida favorece a indústria de Bitcoin e criptomoedas no país, especialmente em casos de compra e venda, pois permite operações em exchanges nos finais de semana e fora do horário comercial. As fintechs que operam com criptomoedas como forma de pagamento também podem ser beneficiadas.
O custo de transferência de valores, atualmente, é definido pelos bancos para cada operação ou tem seu valor incluído no pacote de serviços do cliente. Com o sistema, o BACEN espera reduzir tais custos, tanto para clientes quanto para empresas que recebem as transferências.
Um lojista, por exemplo, verá reduzido o número de intermediários, o que significa menor custo de aceitação em relação aos demais instrumentos de pagamento. A expectativa é que a medida também diminua o poder dos bancos, pois basta que um estabelecimento comercial tenha um código único de identificação (tipo um QR Code) para que seus clientes façam a leitura desse código por meio de seus smartphones.
No código, estarão todas as informações necessárias para a transferência instantânea dos recursos. Ou seja, bem mais simples do que os métodos de transferência atuais, que demandam informações do banco e do CPF do recebedor. Bastará um smartphone e uma conta em um prestador de serviço de pagamento (PSP).
De acordo com o BACEN: “A base de dados de endereçamento permitirá a realização de pagamentos de maneira intuitiva e simplificada, utilizando, de forma segura, informações de fácil conhecimento, como número de telefone ou conta de e-mail. A divulgação do Comunicado foi o ponto de partida para o início do processo de implantação do sistema de pagamentos instantâneos no Brasil. Os requisitos fundamentais estabelecem a política institucional para o desenvolvimento desse sistema, o que inclui a governança para a definição de regras, as formas de participação e a infraestrutura centralizada de liquidação. O Banco Central vem atuando na liderança desse processo, com o objetivo de criar, de uma perspectiva neutra em relação a modelos de negócio ou participantes de mercado específicos, as condições necessárias para o desenvolvimento de um sistema de pagamentos instantâneos eficiente, competitivo, seguro, inclusivo e que acomode todos os casos de usos”.
(Com informações do Coin Telegraph)
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