O Juri do Tribunal Federal de Manhathan, em Nova York, entendeu que o ator Kevin Spacey (63) não molestou o ator Anthony Rapp (50), quando este tinha 14 anos. a decisão se deu na quinta-feira (20).
Os jurados chegaram a um veredito após deliberarem por 80 minutos e concluírem que os advogados de Rapp não conseguiram provar que Spacey “tocou uma parte sexual ou íntima” do ator. As informações são da revista Variety e republicadas pelo UOL.
Em outubro de 2017, Anthony Rapp, ator de “Star Trek”, deu início a uma série de denúncias contra Spacey, pelo menos 20 homens acusaram o ator de assédio e abuso sexual desde então. Os crimes teriam acontecido entre 1995 e 2013, quando muitas das vítimas eram menores de idade.
Rapp acusou o astro de “House of Cards” (Netflix) de assediá-lo quando ele tinha 14 anos. Segundo Rapp, o veterano o levantou, o colocou sobre sua cama e o segurou de forma “sexualmente agressiva”. O ator, que é abertamente gay, veio a público com as alegações em um artigo do site BuzzFeed. Poucas horas depois, Spacey se desculpou e se revelou um homem gay.
Os advogados de Spacey afirmaram que Rapp estava irritado com o fato de Spacey não assumir sua sexualidade e tinha inveja da carreira do outro ator.
O foco principal da defesa de Spacey foi a inconsistência no depoimento de Rapp, pontuando que ele afirmou que o apartamento de Spacey tinha um quarto separado, quando uma planta do imóvel mostrou que o ator morava em um apartamento “estúdio”, com apenas um cômodo central. “A principal testemunha do nosso caso foi a planta”, disse Jennifer Keller, advogada de Spacey, em suas declarações finais.
Anthony Rapp se manifestou em suas redes sociais após o júri do Tribunal Federal de Manhathan, em Nova York, decidir que sua acusação de assédio contra Kevin Spacey não tinha mérito. Ele não reclamou da decisão e afirmou que o processo tinha como principal objetivo jogar uma luz sobre o assunto.
“Estou profundamente grato pela oportunidade de ter meu caso ouvido perante um júri, e agradeço aos membros do júri por seu serviço”, disse o ator. “Trazer esse processo sempre foi uma questão de jogar uma luz, como parte de um movimento maior para se levantar contra todas as formas de violência sexual. Comprometo-me a continuar defendendo esforços para garantir que possamos viver e trabalhar em um mundo livre de violência sexual de qualquer tipo. Espero sinceramente que os sobreviventes continuem a contar suas histórias e lutar por responsabilidade.” Declarou Rapp.
Com informações do UOL e O Globo.
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