Lori Vallow seguidora de crenças apocalípticas, retratada em série documental da Netflix, foi sentenciada à prisão perpétua nesta segunda-feira (31) por assassinar dois de seus filhos e conspirar para matar a ex-esposa de seu marido. Ela afirmava ser uma deusa cuja missão era preparar a humanidade para a segunda vinda de Jesus Cristo, e acreditava que podia se comunicar com os anjos.
Em maio, ela foi declarada culpada pelos assassinaos de Tylee Ryan, sua filha de 16 anos, e Joshua “JJ” Vallow, seu filho adotivo de 7.
Segundo a promotoria ela usou suas crenças religiosas para justificar os assassinatos, abordados na série documental da diretora Skye Borgman, para a Netflix “Os Crimes da Nossa Mãe”, lançada no ano passado. Também sustentaram que os crimes estiveram mobilizados por motivos financeiros.
Seu quinto esposo, Chad Daybell – autor de vários romances apocalípticos que publicou por conta própria – aguarda julgamento em separado, que incluirá também o assassinato de sua primeira esposa, Tammy. Ele respondeu a todas as acusações declarando-se não culpado.
O caso atraiu atenção nacional em 2019, depois que os filhos de Vallow desapareceram. O casal jamais notificou as autoridades sobre o desaparecimento dos filhos. Seus corpos foram encontrados em junho de 2020 em uma propriedade de Daybell, em Idaho.
A investigação também revelou que muitas pessoas associadas ao entorno de Vallow e de seu novo marido haviam morrido em tempos recentes. Em 2018, o terceiro marido da mulher tinha morrido por uma aparente crise cardíaca. Em 2019, seu quarto esposo foi baleado pelo irmão de Vallow, que alegou legítima defesa. Este último também morreu pouco depois, ao ser encontrado inconsciente em sua residência.
Em outubro de 2019, a ex-esposa de Daybell, Tammy, morreu aparentemente de causas naturais. Vallow e Daybell se mudaram para o Havaí poucas semanas depois e se casaram.
“Você está condenada a servir a pena máxima possível sob a custódia do Conselho Estadual de Correção […] prisão perpétua sem direito à liberdade condicional”, disse o juiz Steven W. Boyce nesta segunda em um tribunal de Idaho, no noroeste dos Estados Unidos.
Ele determinou três sentenças consecutivas de prisão perpétua devido à gravidade dos crimes cometidos por Vallow. “Em Idaho, prisão perpétua é isso, prisão pelo resto da vida sem liberdade condicional”, disse.
Mas, “dado que há três homicídios separados com três vítimas que ocorreram em três momentos diferentes, pagar as penas de forma simultânea não serviria aos interesses da Justiça”, disse. “Você precisa responder de forma separada por cada um destes três homicídios”, sentenciou.
Com informações do UOL.
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