Após votos contrários à agenda progressista por parte do ministro Cristiano Zanin, movimentos sociais e representantes das minorias se mobilizam para apresentar opções de candidaturas à vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) em outubro, com a aposentadoria de Rosa Weber.
A expectativa dos movimentos sociais é de que o presidente indique outra mulher para o cargo. No entanto, entre os assessores de Lula, embora haja especulações sobre essa possibilidade, a aposta é de que Lula escolha alguém de confiança — e, até agora, ele não tem relação de proximidade com nenhuma mulher do Judiciário.
A advogada Vera Lúcia de Araújo, apoiada pela ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, é citada como uma opção, assim como Joenia Wapichana, presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Outras candidatas contam com o apoio de alas do PT e de integrantes do governo — entre elas, a advogada Carol Proner, a desembargadora Simone Schreiber e as ministras Katia Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A promotora Ana Cláudia Pinho, do Pará, tem se apresentado publicamente como candidata. Com atuação na área de direitos humanos, recebeu inclusive uma carta de recomendação do jurista italiano Luigi Ferrajoli, considerado o pai do garantismo penal.
Com os julgamentos sobre demarcação de terras indígenas e descriminalização do aborto em pauta, os movimentos sociais buscam representação no STF. Até agora, a ala mais conservadora do tribunal tem formado maioria. Com esses julgamentos no horizonte, emplacar um representante das minorias no tribunal virou prioridade para os movimentos sociais.
Embora se busque garantir a manutenção de uma mulher na vaga, por questão de proximidade os mais cotados seguem sendo o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que têm se mostrado aliados importantes do presidente.
Com informações do UOL.
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