Advogados têm menor desempenho do que IA em testes de revisão de contratos

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Recente estudo da LawGeex, uma legaltech, concluiu que o desempenho de uma inteligência artificial capaz de revisar contratos foi superior a 20 advogados.

teste de revisão
Créditos: Phonlamai Photo | iStock

A tarefa era examinar riscos contidos em cinco contratos de confidencialidade (NDAs – non-disclosure agreements). Os profissionais, compostos por diretores jurídicos de grandes empresas e por advogados empregados e autônomos tiveram um desemp03enho médio de 85%, ao passo que a inteligência artificial atingiu 94% de precisão na tarefa. Somente um 20 advogados conseguiu empatar com a IA, enquanto outro profissional atingiu apenas 67%.

No tocante à velocidade, o advogado mais rápido demorou 51 minutos para executar o trabalho, e mais lento, 156 minutos. A média foi de 92 minutos. A inteligência artificial levou 26 segundos para revisar todos os contratos.

Após o estudo, publicou-se um artigo no site do Fórum Econômico Mundial relatando os resultados e falando sobre o papel da inteligência artificial no mercado de trabalho. A ideia não é se desesperar, mas se adaptar, já que a IA e os robôs se ocupam de tarefas repetitivas. Os humanos permanecem com o trabalho que requer pensamento crítico.

De acordo com a firma de consultoria McKinsey, estima-se que 23% do trabalho jurídico pode ser automatizado. A previsão exposta no artigo do Fórum é de que o trabalho das máquinas, neste ano, atingiu uma taxa de participação de 29%. Esse número crescerá para 42% até 2022, e para 52% até 2025.

O Relatório sobre o Futuro do Trabalho de 2018 do Fórum Econômico Mundial prevê que as perdas de emprego serão compensadas pela criação de novos empregos e pela valorização de outras. Estima-se a criação de 133 milhões de empregos até 2022, nas 10 profissões em alta (analista e cientista de dados, especialistas em IA, em Big Data, profissionais de venda e de marketing etc.), e uma perda de 75 milhões de empregos, nas 10 profissões decrescentes (técnicos de contabilidade, pessoal administrativo e executivo, trabalhadores de fábricas montadoras, contadores e auditores etc.). (Com informações do Consultor Jurídico.)

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