09 nomes de operações da Lava Jato escolhidos com bom humor

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Que nomes vocês dariam para as Operações da Lava Jato? Vejam os mais inusitados

Já são 47 fases da Operação Lava Jato, a maior investigação sobre corrupção no Brasil. A operação policial que começou investigando um esquema no qual doleiros lavavam dinheiro em um posto de gasolina em Brasília, se espalhou por vários estados e já envolve até outros países.

O primeiro marco que indicou que a Operação Lava Jato seria maior do que se esperava foi a descoberta de um carro que o doleiro Alberto Youssef teria dado a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. O surgimento do nome da companhia petroleira era um indício de que o caso envolvia políticos e empresários poderosos.

Youssef e outras 23 pessoas foram presas em 17 de março de 2014 e, três dias depois, foi a vez de Costa ser detido. A partir daí, a delação premiada tornou-se a principal ferramenta do Ministério Público Federal e da Polícia Federal para revelar um nome atrás do outro dos envolvidos no gigante esquema de corrupção.

Em Curitiba e no Rio de Janeiro, principais estados envolvidos na Lava Jato, 144 pessoas já foram condenadas, algumas mais de uma vez. Entre elas: o ex-presidente Lula, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e o empresário Eike Batista – que já foi considerado o homem mais rico do Brasil.

Também já foi revelado o envolvimento de vários empresários e políticos poderosos, como presidentes da Câmara e do Senado e outros diretores da Petrobras.

A cada operação da Polícia Federal ao longo desses quase quatro anos, nos deparamos com muitas manchetes sobre elas. O que às vezes passa despercebido diante de uma investigação tão séria são os curiosos e intrigantes títulos dados a cada operação deflagrada. Mas acredite: todos eles têm um motivo.

Em geral, são nomes relacionados aos réus envolvidos na operação, mas criados com muito bom humor. Confira!

Descubra abaixo os 09 nomes de operações da Lava Jato que você já ouviu e não sabia o significado:

Lava Jato

A Operação principal tem este nome pela investigação de uma rede de lavanderias e postos de gasolina (alguns com lava-a-jato) em Brasília que fazia transações monetárias ilegais.

A Lava Jato começou em 2014 e se tornou a maior investigação sobre corrupção no Brasil. Esta fase resultou na prisão do doleiro Alberto Youssef, suspeito de ser um dos chefes do esquema. A partir de suas delações, foram revelados outros importantes nomes de empresários e políticos envolvidos em crimes financeiros.

Juízo Final

A ideia do nome desta operação é justamente remeter ao fim dos tempos devido à sua proporção. Foi a sétima fase da Lava Jato e resultou em R$ 720 milhões bloqueados e 27 prisões (entre elas, Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobrás), além de 49 mandados de busca, sendo nove deles de condução coercitiva.

Erga Omnes

O nome desta operação da Lava Jato é uma expressão jurídica em latim que significa “vale para todos”. Erga Omnes é usada quando uma decisão jurídica atinge todos num grupo, não somente os envolvidos no processo judicial.

Nesta fase da Lava Jato, foram cumpridos 59 mandados judiciais – 38 mandados de busca e apreensão, 9 mandados de condução coercitiva, 8 mandados de prisão preventiva e 4 mandados de prisão temporária em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Ocorrida em junho de 2015, a operação resultou na prisão dos presidentes das empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez, além de outros executivos das empresas.

Conexão Mônaco

Também de 2015, essa fase da Lava Jato resultou da descoberta de um montante de mais de 10 milhões de euros depositados em uma conta secreta em Mônaco.

O valor pertencia ao ex-diretor da área internacional da Petrobrás, Jorge Zelada, que foi preso na Operação.

Radiotividade

A 16ª fase da Lava Jato foi deflagrada pela descoberta de formação de cartel e prévio acordo nas licitações das obras da usina Angra 3.

Os crimes foram revelados pela análise dos contratos da companhia pública de energia Eletronuclear, o que explica o nome da Operação.

Foi a partir desta fase que foi criado um braço da Lava Jato no Rio de Janeiro. Foram cumpridos 30 mandados judiciais, sendo 23 de busca e apreensão, dois de prisão temporária e cinco de condução coercitiva, nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri.

Triplo X

O nome desta etapa faz referência direta ao apartamento tríplex no Guarujá, cuja reforma foi custeada pela construtora OAS e está sob suspeita de ocultação de patrimônio por parte do ex-presidente Lula.

Esta operação da Lava Jato investiga todos os apartamentos do condomínio Solaris em relação o esquema de offshores criadas para remessas ao exterior de propinas relacionadas às fraudes na Petrobras.

Carbono 14

Essa fase investigou casos já antigos relacionados ao Mensalão e ao assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel, em 2002.

Ela é chamada de “carbono-14” em alusão aos procedimentos usados pela ciência para a datação de itens e a investigação de fatos antigos.

Nesta operação, os policiais federais cumpriram 12 mandados judiciais nos estados de São Paulo, sendo três mandados de busca e apreensão, dois mandados de condução coercitiva, um mandado de busca e apreensão e uma prisão temporária.

Caça-Fantasmas

O principal alvo dessa fase da operação, Edson Paulo Fanton, era representante do Brasil em um banco clandestino que abria contas ilícitas.

Veja mais: OAB Indenizará Advogado que teve registro cancelado

O sobrenome dele soa como “phantom”, que significa fantasma em inglês. Nesta fase, que foi um desdobramento da Triplo X, além de Fanton, foram cumpridos mais seis mandados de condução coercitiva e outros 11 de busca e apreensão.

Calicute

O nome da operação que prendeu Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, é referência à Tormenta de Calicute, em que a frota de Pedro Álvares Cabral foi massacrada na Índia. Cabral – o Sérgio – foi preso pelo desvio de recursos públicos na casa das centenas de milhões de reais.

 

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