O presidente Michel Temer se reuniu com seus ministros da área econômica para discutir a Caixa Econômica Federal. Considerando o alto desemprego, o crédito com fraca expansão e uma atividade econômica abaixo do previsto, o governo sinaliza uma movimentação, por meio da Caixa, para melhorar a situação em curto prazo.
O banco federal, nas últimas semanas, diminui as taxas do crédito imobiliário e das linhas de capital de giro para empresas, além de anunciar a liberação de recursos da instituição para Estados e Municípios.
Esse já é um movimento expansionista, mas, agora, o governo admite publicamente que o banco é tema de discussão entre o presidente e a equipe econômica.
Nos bastidores, dizem que algumas questões podem ser retomadas, como a capitalização adicional por meio do FGTS. Isso aconteceria para permitir uma postura mais agressiva do banco no crédito.
Essa proposta foi barrada no fim do ano passado por Ana Paula Vescovi (então secretária do Tesouro Nacional e presidente do Conselho de Administração do banco).
O governo tem procurado soluções para que a Caixa tenha mais condições de emprestar para investimento, como no caso do setor de construção civil, já que o banco é especialista em crédito imobiliário.
Ainda que o discurso oficial do Ministério da Fazenda seja de estabelecer bases de crescimento de forma sustentável, sem medidas de fôlego curto, as últimas ações realizadas pelo banco, as reuniões recentes e iniciativas, como a ampliação das hipóteses de saque do PIS/Pasep, indicam que o governo está cedendo. (Com informações do portal Valor Econômico.)