CPI autoriza quebra de sigilo bancário de Cauã Reymond, Tatá Werneck e Marcelo Tas

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CPI autoriza quebra de sigilo bancário de Cauã Reymond, Tatá Werneck e Marcelo Tas | Juristas
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dedicada às investigações das Pirâmides Financeiras aprovou, hoje (23), a medida de quebra de sigilo bancário dos renomados atores Cauã Reymond e Tatá Werneck, bem como do apresentador Marcelo Tas. Essa determinação foi anunciada por meio do site oficial da Câmara dos Deputados, logo após a sessão realizada. A informação é da coluna Splash do UOL.

Os representantes legais de Tatá enfatizaram que a atriz atuou apenas como prestadora de serviços, sem qualquer envolvimento nas operações e práticas da Atlas. Ao ser contatado, Cauã optou por não comentar sobre o assunto. Aguarda-se ainda um posicionamento por parte de Marcelo Tas.

Pirâmide Financeira
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Os atores estão sob investigação devido ao seu envolvimento em campanhas publicitárias da empresa Atlas Quantum. Paralelamente, a CPI também decretou a quebra do sigilo bancário de Rodrigo Marques dos Santos, o proprietário da referida empresa.

A Atlas Quantum, acusada de ter lesado aproximadamente 200 mil investidores em mais de R$ 7 bilhões, contando o próprio Marcelo Tas entre as vítimas, contava com a participação ativa de Tatá, Cauã e Tas em suas propagandas. Apesar do andamento das investigações, diversos vídeos protagonizados por Cauã e Tatá permanecem acessíveis na página da Atlas Quantum no Facebook. Nestes materiais, ambos compartilhavam depoimentos justificando sua confiança na companhia e nos investimentos em criptomoedas.

Os artistas foram convocados a prestar esclarecimentos à comissão, porém, amparados por um habeas corpus emitido pelo Supremo Tribunal Federal, não compareceram às reuniões.

O pedido para a quebra de sigilo bancário foi do deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP). “Requer que esta CPI decrete a quebra do sigilo bancário da empresa Atlas Quantum, pertencente à Rodrigo Marques dos Santos, CNPJ Nº 31.049.719/0001-40, e dos contratados, os senhores Cauã Reymond Marques e Marcelo Tristão Athayde de Souza, e a senhora Talita Werneck Arguelhes, assim como o acesso aos contratos e aos dados do pagador relativos às campanhas realizadas.”

Em nota enviada a coluna Splash do UOL, os advogados de Tatá Werneck, Ricardo Brajterman e Maíra Fernandes, se manifestaram: “Causou grande perplexidade essa convocação, porque Tatá atuou somente como garota propaganda da Atlas, há longínquos cinco anos, ocasião em que não havia nada que desabonasse aquela empresa.”

“Ora, se o Banco Central, a CVM, o Ministério Público, a Receita Federal e os demais Órgãos Reguladores permitiam a atividade da Atlas junto ao grande público, como poderia a Tatá, que é somente uma atriz, adivinhar que essa empresa teria alguma atividade ilegal? É óbvio que se Tatá soubesse que a Atlas viria a se envolver em algum escândalo, lesando seus consumidores, ela jamais aceitaria vincular sua imagem àquela empresa, cabendo destacar que Tatá nunca investiu na Atlas; nunca foi sócia da Atlas ou teve qualquer participação nos rendimentos da Atlas. Tata foi somente uma prestadora de serviços sem qualquer envolvimento com as atividades e rotina da Atlas”.

Ao ser questionado sobre o tema no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, Cauã disse que não falaria sobre isso. A reportagem ainda busca contato com a equipe de Tas.

Com informações do UOL.


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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