Companhia ignorou recomendações de agência reguladora por até uma década
O Facebook deve responder na Suprema Corte do Canadá pelo vazamento de informações de milhares de usuários do país. A companhia ignorou recomendações da agência reguladora local por até uma década. A acusação parte de uma investigação dos comissários de privacidade do Canadá e do estado da Columbia Britânica.
Segundo eles, a empresa teria violado leis federais ao permitir que terceiros acessassem dados pessoais dos usuários. Esse acessoteria ocorrido por meio de “mecanismos de segurança e consentimento superficiais e inefetivos”, afirmaram.
O Canadá passou sua primeira legislação sobre privacidade digital em 2000, mas os órgãos reguladores não costumam adotar penas duras, diz o The New York Times. Segundo o jornal, o Facebook jamais permitiu auditorias em seus procedimentos de privacidade e contestou as recomendações dos órgãos mesmo após o escândalo envolvendo a empresa Cambridge Analytica.
As investigações começaram justamente após esse escândalo. No ano passado, a empresa de análise de dados e marketing político contratada pela campanha de Donald Trump à presidência dos EUA obteve acesso aos dados pessoais de até 87 milhões de usuários da plataforma. Pelo menos 600 mil canadenses teriam sido afetados pelo vazamento, dizem os reguladores.
Em um comunicado, o Facebook afirmou que “não há evidência de que os dados de cidadãos canadenses tenham sido compartilhados com a Cambridge Analytica” e que a empresa realizou “melhorias dramáticas” para proteger as informações de seus usuários.
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