Apesar de a compra da Brasil Kirin (dona da Schin) pela Heineken ter sido muito vantajosa para os holandeses, a empresa herdou processos judiciais complexos que ameaçam fechar fechar fábricas no Nordeste.
De acordo com executivos da cervejaria, duas fábricas de Pernambuco estão na berlinda, por acumularem um prejuízo de R$ 90 milhões. Isso porque, no estado, a Heineken está atrelada a uma decisão judicial que tabelou seus preços a níveis muito baixos que não conseguem sequer cobrir os gastos com tributos.
Já na Bahia, a empresa herdou um processo judicial que dura mais de 20 anos. Há um pedido de recuperação judicial da distribuidora Mediterrânea, da empresária Luciana Hazin. O maior credor da Mediterrânea é a Heineken, com crédito em torno de R$ 50 milhões. A única atividade atual da Mediterrânea é distribuir produtos da Heineken.
De um lado da ação, a Heineken deseja assumir a distribuição sem pagar nenhuma indenização por rescisão contratual. Do outro, Luciana reclama de concorrência desleal da cervejaria, que estaria praticando preços muito baixos em áreas próximas às de atuação da Mediterrânea. A briga já chegou ao STJ, discutindo valores das tabelas de revenda e outros pontos. (Com informações do Valor.)