A Justiça de do Rio de Janeiro determinou na terça-feira (13) a soltura de Eduardo Fauzi Richard Cerquise, acusado de atacar com coquetéis molotov a sede da produtora Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro, em 2019. A decisão atende ao pedido de revogação de prisão preventiva feito pela defesa de Fauzi, que alegou excesso de prazo. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) não se opôs ao pedido.
Na véspera de Natal de 2019, um grupo atacou a sede do Porta dos Fundos com bombas, o que ocasionou um princípio de incêndio. Fauzi foi identificado pelas imagens das câmeras de segurança, mas viajou para a Rússia dias antes do mandado ter sido expedido, o que o levou à lista da Interpol.
Ele foi preso em 4 de setembro de 2020, no Aeroporto Internacional de Koltsovo, a 1.786 quilômetros de Moscou, capital russa. A extradição do brasileiro foi autorizada em janeiro deste ano. Na Rússia, ele morou com a mãe de seu filho, até ser descoberto pela Interpol. O empresário chegou a pedir asilo, mas a Rússia não aceitou e em março ele foi extraditado.
A expectativa da defesa é que Fauzi saia de Bangu 8, presídio na zona oeste do Rio de Janeiro, ainda na manhã de hoje. Agora, por determinação da juíza Daniella Alvarez Prado, Fauzi deverá cumprir medidas cautelares, como proibição de sair da cidade por mais de 15 dias sem avisar à Justiça e comunicação de eventual mudança de endereço.
No pedido, a defesa alega que “já teria ultrapassado a possível pena em concreto do crime de incêndio qualificado”, crime pelo qual Fauzi fora acusado pelo Ministério Público. A conta da defesa é que a pena mínima de três anos para o crime poderia ser reduzida em 1/3, principalmente porque ele é réu primário.
Os documentos de Fauzi estão retidos com a Justiça, inclusive o passaporte, o que, alega a defesa, impede uma eventual fuga.
Com informações do UOL.
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