Para jovens advogados norte-americanos, a mudança do cenário jurídico significa oportunidade

Data:

Os advogados apostam no chamado "ecossistema jurídico alternativo".

norte-americanos
Créditos: Natali_Mis | iStock

O mercado jurídico dos EUA é estimado em mais de US $ 400 bilhões por ano, sendo que escritórios de advocacia e departamentos jurídicos internos representam mais de 99% atualmente. Entretanto, prestadores de serviços jurídicos alternativos e empresas de tecnologia legal têm aproveitado a enorme oportunidade de crescimento no setor jurídico, tanto apoiando quanto suplantando fornecedores tradicionais. Os advogados têm uma oportunidade única de se juntar a essa onda, fazendo a transição da prática da lei para os negócios da lei.

Apesar de ser uma profissão que requer estudos e investimento, os advogados sabem que, no final das contas, os clientes se importam mais com o custo do que com a prática da lei. Ou seja, o sistema jurídico muitas vezes falha como um negócio. Por isso, jovens advogados com mentalidade empresarial veem oportunidades com as mudanças.

A lei encarada como negócio demanda advogados dispostos a repensar serviços jurídicos em todo o espectro de clientes, a fim de ajudar a profissão a continuar a prosperar.

Ecossistema jurídico alternativo

O “ecossistema jurídico alternativo” pode ser vagamente definido como aqueles negócios e funções que se situam fora da prestação tradicional de serviços jurídicos por profissionais autônomos, escritórios de advocacia e advogados internos. Isso varia de inovações de tecnologia jurídica pura a provedores de serviços legais alternativos combinados, que alavancam tecnologia e capital humano.

Esse ecossistema pode ser categorizado em duas áreas:

  • Empresas que aumentam a eficiência de escritórios de advocacia e departamentos jurídicos internos e fornecem a prestação mais eficiente de serviços jurídicos a seus clientes corporativos;
  • Empresas que oferecem acesso mais fácil, maior e mais econômico aos serviços jurídicos para indivíduos, pequenas empresas e outros que atualmente não são atendidos.

Algumas empresas que atuam nestes sentidos são a Riverview Law (gerenciamento e execução de projetos jurídicos corporativos de larga escala), Ping (automação do processo de cronometragem), Ironclad (gerenciamento de contratos), Priori Legal (auxílio a empresas de pequeno e médio porte a encontrarem consultoria externa), LegalZoom (fornecimento de documentos jurídicos simples que os usuários podem preencher), Wevorce (torna o processo de um divórcio mais simples e menos oneroso para seus usuários) e Átrio (fornece consultoria jurídica, operações de negócios e especialização em engenharia a empresas iniciantes).

Razão para migrar para o novo ecossistema

A melhor razão para migrar para o ecossistema legal alternativo é ajudar a construir algo ou a resolver um problema. O advogado com esse perfil ainda se manterá interessado na lei em si, já que deverá prestar um serviço qualificado ao cliente. Mas é preciso fazer essa ponte para uma advocacia encarada como negócio.

Juntamente com os advogados mais tradicionais, que têm uma vantagem significativa ao trabalhar exclusivamente para a prestação de serviços jurídicos, esses jovens profissionais têm uma vantagem distinta na criação de novas soluções para melhorar a disponibilidade de serviços jurídicos para indivíduos e pequenas empresas. E, ao lado de todos eles, estão os não-advogados, que também oferecem serviços inovadores a escritórios e departamentos.

A escolha pelo novo ecossistema

Naturalmente, a escolha sobre deixar a prática da lei em si para lidar com os negócios da lei deve considerar o fator financeiro. Pode haver um impacto financeiro imediato para aqueles que deixam a “Big Law” ou outras empresas que pagam taxas de mercado. A remuneração provavelmente será menor do que se poderia esperar pela parceria nessas empresas. Aqueles que se aventuram em empresas maiores e mais estabelecidas no mercado descobrirão que, com o aumento da segurança no emprego, muitas vezes surgem alguns pontos limitados, embora em um papel de vendas a remuneração possa ser mais aberta e dependente do desempenho.

Para aqueles que consideram uma empresa menor ou uma startup onde a equidade será parte da equação, a vantagem pode ser mais significativa e pode superar a remuneração em um escritório de advocacia, mas não sem uma quantidade significativa de risco.

A compensação no lado comercial do setor jurídico não precisa ser um passo inferior ao status de figurar em um escritório de advocacia e, dependendo do seu perfil de risco, pode oferecer significativamente mais vantagens ou um estilo de vida melhor e mais previsível para um salário potencialmente reduzido. (Com informações do Law.)

Juristas
Juristashttp://juristas.com.br
O Portal Juristas nasceu com o objetivo de integrar uma comunidade jurídica onde os internautas possam compartilhar suas informações, ideias e delegar cada vez mais seu aprendizado em nosso Portal.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Modelo de contrato de prestação de serviços de Personal Trainer para Triatetlas

O presente contrato tem por objeto a prestação de serviços de personal trainer especializado em treinamento para triatletas, com o objetivo de melhorar o desempenho do Contratante nas modalidades de natação, ciclismo e corrida.

Empresa de fotos e vídeos condenada por falha em filmagem de casamento

A 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Lavras que responsabilizou uma empresa de fotografia e vídeo a pagar R$ 10 mil por danos morais e R$ 1,4 mil por danos materiais a uma noiva, devido a falhas na filmagem de seu casamento.

Homem trans será indenizado por não ter nome social reconhecido em registro bancário

A 18ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) alterou uma decisão inicial e determinou que um banco indenize um homem trans em R$ 10 mil por danos morais devido ao não reconhecimento do seu nome social nos registros bancários.

Justiça condena hospital, plano de saúde e médico a indenizar paciente por erro em cirurgia

A 14ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou uma decisão da Comarca de Belo Horizonte que responsabiliza um hospital, um médico anestesista e um plano de saúde pelo pagamento de indenizações à uma paciente, totalizando R$ 200 mil, divididos igualmente entre danos morais e estéticos.