A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), movimentos sociais e parlamentares estão preparando uma representação para ingressar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra os magistrados sobre o caso manutenção da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Partido dos Trabalhadores (PT) irá apoá-los.
Essa representação será ingressada contra o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato em segunda instância, e o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o desembargador Thompson Flores.
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), após reunião com a direção do partido em São Paulo, anunciou nesta terça (9) a iniciativa contra os magistrados.
“Vamos fazer representação no CNJ, mas não como partido. Os movimentos sociais já estão preparando, juristas da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e parlamentares a representação de Sérgio Moro, Gebran e Thompson junto ao Conselho Nacional de Justiça. Vamos apresentar também reclamação à Corregedoria da Polícia Federal, órgão do governo federal, para explicar por que a polícia não cumpriu uma decisão judicial”, afirmou Gleisi Hoffmann, se referindo à decisão do desembargador Rogério Favreto, que estava de plantão do TRF4 no último domingo e determinou a soltura do ex-presidente Lula.
“Vamos entrar com todas as ações possíveis. Nossos advogados estão estudando as ações. O que nós discutimos hoje é dar apoio às iniciativas na área judicial”, acrescentou a senadora.
A assessoria da ABJD informou que a instituição irá atuar no caso de forma independente, sem vinculação partidária.
Atos
Em 15 de agosto, haverá um ato público, em Brasília, para registrar a candidatura de Lula à Presidência da República nas próximas eleições. PT também já definiu um calendário de ações até a data de registro da candidatura, incluindo protestos em frente à sede do TRF4.
“Também começaremos um abaixo-assinado pela liberdade de Lula”, disse Gleisi Hoffmann. (Com informações da Agência Brasil EBC.)