Quinze ex-funcionários e atuais trabalhadores negros da Tesla entraram com uma ação contra a fabricante de veículos elétricos na última quinta-feira (30), em um tribunal estadual na Califórnia, alegando que foram submetidos a discriminação racial, além de regularmente serem alvo de comentários e comportamentos racistas de colegas, gerentes e funcionários de recursos humanos, nas unidades produtivas da companhia. A informação é da agência Reuters.
O assédio, que ocorreu principalmente na fábrica da Tesla em Fremont, incluiu o uso de termos como “nigger” (forma considerada altamente pejorativa para se referir aos negros nos Estados Unidos) e “escravo”, além de comentários de cunho sexual como “gosta de bunda”, de acordo com o processo.
Alguns desses funcionários e ex-trabalhadores foram designados para cargos com maior exigência física na Tesla ou preteridos para promoções, segundo o documento.
Um exemplo que consta nas acusações é de um trabalhador da parte produtiva da montadora em Fremont, Montieco Justice, que teve o cargo imediatamente rebaixado ao retornar à Tesla depois de tirar uma licença autorizada por causa da Covid-19.
A Tesla enfrenta pelo menos 10 processos de discriminação racial generalizada ou assédio sexual. Um deles é liderado por uma agência de direitos civis do Estado norte-americano da Califórnia.
A montadora não respondeu imediatamente a um pedido de informações feito pela Reuters. Anteriormente, a empresa negou irregularidades e disse que tem políticas em vigor para prevenir e lidar com a má conduta no local de trabalho.
Na segunda-feira (27), um juiz federal da Califórnia ordenou um novo julgamento sobre os danos que a Tesla deve a um ex-operário negro que acusou a empresa de discriminação racial, depois que ele recusou uma indenização de US$ 15 milhões (R$ 79,72 milhões).
Com informações da Agência Reuters.
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