Funcionários entram com ação contra a Tesla por discriminação racial

Data:

Tesla é processada por diminuir autonomia de carros sem avisar clientes
Créditos: Andrei Stanescu | iStock

Quinze ex-funcionários e atuais trabalhadores negros da Tesla entraram com uma ação contra a fabricante de veículos elétricos na última quinta-feira (30), em um tribunal estadual na Califórnia, alegando que foram submetidos a discriminação racial, além de regularmente serem alvo de comentários e comportamentos racistas de colegas, gerentes e funcionários de recursos humanos, nas unidades produtivas da companhia. A informação é da agência Reuters.

O assédio, que ocorreu principalmente na fábrica da Tesla em Fremont, incluiu o uso de termos como “nigger” (forma considerada altamente pejorativa para se referir aos negros nos Estados Unidos) e “escravo”, além de comentários de cunho sexual como “gosta de bunda”, de acordo com o processo.

Alguns desses funcionários e ex-trabalhadores foram designados para cargos com maior exigência física na Tesla ou preteridos para promoções, segundo o documento.

Um exemplo que consta nas acusações é de um trabalhador da parte produtiva da montadora em Fremont, Montieco Justice, que teve o cargo imediatamente rebaixado ao retornar à Tesla depois de tirar uma licença autorizada por causa da Covid-19.

A Tesla enfrenta pelo menos 10 processos de discriminação racial generalizada ou assédio sexual. Um deles é liderado por uma agência de direitos civis do Estado norte-americano da Califórnia.

A montadora não respondeu imediatamente a um pedido de informações feito pela Reuters. Anteriormente, a empresa negou irregularidades e disse que tem políticas em vigor para prevenir e lidar com a má conduta no local de trabalho.

Na segunda-feira (27), um juiz federal da Califórnia ordenou um novo julgamento sobre os danos que a Tesla deve a um ex-operário negro que acusou a empresa de discriminação racial, depois que ele recusou uma indenização de US$ 15 milhões (R$ 79,72 milhões).

Com informações da Agência Reuters.


Fique por dentro de tudo que acontece no mundo jurídico no Portal Juristas, siga nas redes sociais: FacebookTwitterInstagram e Linkedin. Adquira seu registro digital e-CPF e e-CNPJ na com a Juristas Certificação Digital, entre em contato conosco por e-mail ou pelo WhatsApp (83) 9 93826000.

Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

1 COMENTÁRIO

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Paraíba ganhará este ano Câmara de Mediação e Arbitragem

A Paraíba está prestes a dar uma valorosa contribuição...

Construção irregular em área de preservação permanente deve ser demolida e vegetação recuperada

Construções em áreas de preservação permanente (APP) que envolvam a remoção de vegetação só podem ser autorizadas em casos excepcionais, como em situações de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental. Em casos de degradação, é necessário que a área seja restaurada ao máximo, inclusive com a demolição de edificações existentes e recuperação da vegetação nativa.