A tecnologia é a recolocação das matérias-primas com finalidade humana. Chefes de cozinha recolocam as matérias-primas dos alimentos para produzir refeições deliciosas. Os carpinteiros recolocam pregos e madeiras para produzirem casas e móveis. Os músicos recolocam notas e sons para produzir música.
Trazendo esse raciocínio para o aspecto existencial, traz-se a seguinte pergunta: como a tecnologia está nos transformando? Devemos estar preocupados com isso?
Esses tipos de perguntas surgem em razão de um momento singular na humanidade, onde é importante nos fazermos presentes, representados no mundo perante o palco virtual. Vivemos ameaçados de que se falharmos em acolher as novas tecnologias, seremos colocados à margem da sociedade, considerados sem capacidade para conseguir emprego, desconectados da cultura e dos nossos amigos.
Citam-se exemplos destacados por Gomes**, em que você precisa ter rede social para interagir; você precisa de um aplicativo de mensagens para se comunicar com a família e trabalho; você precisa de um smartphone para pedir um transporte via Uber/99; você precisa de um score para ter acesso ao mercado de crédito.
Como destaca Gomes, há pessoas que têm resistência à essa imposição de estar conectado. Não é um grupo avesso à tecnologia, mas é fruto de uma constate ruptura inerente à natureza humana. A humanidade cria regras e costumes, mas, ao mesmo tempo, as destrói ou reformula para atender a um novo momento.
É claro que não participar dessa bolha não atingirá o aspecto vital ou biológico de alguém, mas apenas em pertencer a um movimento cultural de estar conectado ou desconectado.
Por fim, é importante destacar que toda essa realidade está nos transformando; não há controvérsia a respeito. Mas precisamos trazer os seguintes questionamentos, ainda sem resposta: como a tecnologia está nos transformando? Devemos estar preocupados com isso?
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