Foi realizada na quarta-feira (6) a segunda audiência sobre o caso do espancamento do jovem S. A. G. G. Ao todo, foram ouvidas sete testemunhas de defesa e os quatro réus foram interrogados. As demais testemunhas foram dispensadas pelas defesas.
Segundo a denúncia, o jovem foi agredido por J. C. H. B. e seus amigos A. R. M. J. e J. G. do C. W., além da participação de E. de P. M. F., que teria dado uma carona a J. em seu carro até onde a vítima se encontrava.
Todos os jovens estavam numa festa de aniversário regada a muita bebida alcoólica. Em determinado momento, J. foi informado de que um rapaz estava urinando em seu veículo e também no veículo de J. G. do C. W. Foi então que o grupo de amigos, além de outros presentes na festa, foram até onde a vítima estava, a algumas quadras do local e a confusão começou.
As imagens do jovem sendo agredido foram gravadas e amplamente divulgadas nas redes sociais. Os três jovens que participaram da briga são acusados de tentativa de homicídio qualificado, enquanto o rapaz que deu carona é acusado de tentativa de homicídio simples.
Em seus depoimentos, todos foram uníssonos em afirmar que não pretendiam matar a vítima e que se arrependeram do ocorrido. A. R. M. J. chegou a sustentar que havia bebido muito e que a intenção deles era apenas “dar uma lição” na vítima. Já J. C. H. B. disse que apenas tinha consumido energético, enquanto J. G. do C. W. afirmou que, apesar de beber, naquela noite estava tomando medicação e não tinha ingerido bebida alcoólica.
Eles também sustentaram que todos estavam indignados pelo fato da vítima, sem razão, ter urinado no veículo deles e que pretendiam indagar porque tinha feito aquilo, mas, no decorrer da situação, perderam o controle e partiram para a briga.
Todos sustentaram que esta é a primeira vez que respondem a um processo criminal e que a vítima não teria ficado desacordada, tampouco sangrando e que minutos depois se levantou sem ajuda e foi embora.
Defesa e acusação fizeram diversas perguntas, assim como o juiz titular da vara, Carlos Alberto Garcete de Almeida. O magistrado deu por encerrada esta fase de instrução criminal e agora abrirá prazo para as alegações finais para então decidir se os acusados serão levados a júri popular ou não. Os quatro acusados respondem ao processo em liberdade.
Processo nº 047809-17.2016.8.12.00010