Erro médico: Hospital é condenado por deixar materiais metálicos em ombro de paciente durante cirurgia

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Beneficência Camiliana do Sul – Hospital São Francisco
Créditos: Freepik Company S.L.

A 2ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) confirmou a condenação do Hospital Santa Marta LTDA ao pagamento de indenização a um paciente que teve materiais metálicos esquecidos em seu ombro durante uma cirurgia. A decisão manteve a quantia de R$ 1.766,71 por danos emergentes, R$ 2.150,82 por lucros cessantes e R$ 30 mil a título de danos morais.

Conforme os registros do processo (0002522-17.2017.8.07.0007), no início de 2013, o paciente passou por uma cirurgia no ombro devido a fortes dores causadas pela perda de cartilagem. Após o procedimento, ele ficou afastado do trabalho por quatro meses. No entanto, ao retornar às atividades, continuou a sentir dores no ombro, e em março de 2014, ao procurar o hospital, descobriu que restos de materiais metálicos haviam sido esquecidos durante a cirurgia.

cirurgia
Créditos: Dutko | iStock

Em uma nova cirurgia para a retirada dos materiais, foi informado de que não seria possível, pois os objetos já haviam migrado para a musculatura, obrigando o autor a conviver com a presença de corpos estranhos em sua musculatura do ombro, além de dores e comprometimento da mobilidade.

O hospital, em sua defesa, argumentou ser responsável apenas pelos serviços hospitalares e não pelos serviços médicos. Alegou que o paciente já tinha dores nos ombros antes da cirurgia e que a retomada de atividades extenuantes contribuiu para o novo episódio de dor. Defendeu também a ausência de prova de que o autor ficou quatro meses afastado do trabalho.

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Créditos: Andrey_Popov / Shutterstock.com

Ao analisar o caso, a Justiça do DF considerou que as alegações do autor estavam respaldadas pelas provas apresentadas no processo, incluindo documentos relacionados à segunda cirurgia, relatório médico, exames e descontos do segundo procedimento.

A Turma Cível concluiu que o erro médico constituía uma ofensa aos direitos de personalidade, respaldando a decisão anterior.

Com informações do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).


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Ricardo Krusty
Ricardo Krusty
Comunicador social com formação em jornalismo e radialismo, pós-graduado em cinema pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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