A juíza Daniele Lima Pires Barbosa converteu em prisão preventiva a prisão em flagrante do casal Marcos Vinicius Lino de Lima e Patrícia André Ribeiro, que foram indiciados pela suspeita de maus tratos que resultaram na morte da menina Quenia Gabriela Oliveira Matos, de dois anos. A decisão foi tomada durante a audiência de custódia realizada na Central de Audiências de Custódia de Benfica, no sábado, dia 11 de março.
O casal foi preso na Clínica da Família Hans Jurgen Fernando Dohmann, em Guaratiba, Zona Oeste, onde a criança foi levada sem vida. A menina era filha de Marcos e enteada de Patrícia. A médica Ana Cláudia Regert, que atendeu a criança e tentou reanimá-la, denunciou o casal à polícia. Ela constatou que a menina já estava morta há mais de uma hora. De acordo com o relatório policial, a equipe médica observou que a criança apresentava 59 lesões compatíveis com agressões físicas, uma queimadura na região umbilical, laceração anal e abdome distendido. Testemunhas relataram que algumas das lesões eram antigas, indicando que a criança sofria torturas há algum tempo.
Na decisão, a juíza Daniele Lima Pires Barbosa destacou que o comportamento sádico e vil do casal contra uma criança de tenra idade e a absoluta inadequação dos dois para a vida em sociedade foram comprovados. Ela concluiu que a prisão preventiva era necessária para garantir a ordem pública e restabelecer a paz social que foi violada pela conduta dos custodiados. O número do processo é 00279718-34.2023.8.19.0001.