Petição – Família – Interposição de ação declaratória, a fim de se resguardar a propriedade de bem, em decorrência de divórcio

Data:

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ….. VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ….., ESTADO DO …..

 

….., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ….., portador (a) do CIRG n.º ….. e do CPF n.º ….., residente e domiciliado (a) na Rua ….., n.º ….., Bairro ….., Cidade ….., Estado ….., por intermédio de seu (sua) advogado(a) e bastante procurador(a) (procuração em anexo – doc. 01), com escritório profissional sito à Rua ….., nº ….., Bairro ….., Cidade ….., Estado ….., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor

AÇÃO DECLARATÓRIA DE BEM RESERVADO

em face de

….., brasileiro (a), (estado civil), profissional da área de ….., portador (a) do CIRG n.º ….. e do CPF n.º ….., residente e domiciliado (a) em lugar incerto e não sabido, pelas razões de fato e de direito arroladas abaixo.

DOS FATOS

A demandante uniu-se em matrimônio com o réu em data de …./…/… e, embora não conste no Registro de Casamento o regime acordado, fez-se valer o regime de Comunhão Universal de Bens, em virtude do regime supletivo legalmente aplicável à época.

Dessa relação nasceram os filhos: …., nascido em …/…/…, e …., nascido em …/…/…, que vivem sob a tutela e o encargo da autora.

Em …. de …., o réu evadiu-se de sua residência e de seus filhos menores, ensejando o Divórcio Direto, o qual foi prolatado nos Autos nº …. desse Respeitável Juízo, conforme cópia de Sentença em anexo.

O requerido permanece AUSENTE e em nenhum momento durante esse período fez jus com suas obrigações de pai para com seus filhos menores.

O bem Imóvel citado foi obtido através do PRÓPRIO E EXCLUSIVO DO TRABALHO E ESFORÇO DA DEMANDANTE, conforme atesta o Contrato de Compromisso de Compra e Venda que há entre a requerente e a COHAB – …., segundo cópia em anexo.

DO DIREITO

No pedido de Divórcio a autora REQUERIU QUE CONSTASSE EM ATA DE SENTENÇA QUE O ÚNICO BEM IMÓVEL A SER PARTILHADO É BEM RESERVADO DA AUTORA, porém, a r. sentença prolatada em …/…/…, por esse Respeitável Juízo, calou-se a respeito desse pedido, conforme se vê da cópia da referida Sentença, em anexo:

O bem imóvel em apreço se refere ao apartamento onde habita a demandante e está localizado na Rua …. nº …., apto …., no Conjunto …., e tem as seguintes características: a área construída é de …. m², a área comum é de …. m², a área de fração social ideal de solo é de …. m², conforme se vê do referido Contrato e da Matrícula nº …. da …. Circunscrição de Registro de Imóvel de …., sendo que o valor venal do Imóvel foi estipulado pelo poder público em R$ …. (….), para o ano de …., conforme cópia do carnê do IPTU, em anexo.

DOS PEDIDOS

Em função dos fatos expostos e com fulcro  no artigo 1642 do Código Civil Brasileiro, requisita a seguir:

I – Que ocorra a Citação do réu através de Edital nos termos do artigo 227 do Código de Processo Civil, já que o requerido encontra-se em lugar desconhecido e não sabido;
II – O deferimento da Justiça Gratuita, uma vez que a requerente é pessoa POBRE na acepção Jurídica do termo;
III – A PROCEDÊNCIA DO PEDIDO, após ouvido o ilustre representante do Ministério Público, se necessário;
IV – Protesta-se por todos os meios de prova em Direito admitidos;
V – A Declaração por Sentença que o bem Imóvel em questão é BEM RESERVADO da requerente, nos termos do artigo 246 do Código Civil Brasileiro;
VI – A Condenação do requerido ao pagamento de todas as taxas, despesas processuais e honorários advocatícios de sucumbência;

Dá-se à causa o valor de R$ …..

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

[Local], [dia] de [mês] de [ano].

[Assinatura do Advogado]
[Número de Inscrição na OAB]

Pedro Correia Guedes
Pedro Correia Guedeshttps://juristas.com.br/
Redator freelancer com 2 anos de experiência na área.

Deixe um comentário

Compartilhe

Inscreva-se

Últimas

Recentes
Veja Mais

Concessionária de energia é condenada a indenizar usuária por interrupção no fornecimento

A 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação de uma concessionária de energia ao pagamento de R$ 10 mil por danos morais a uma usuária que ficou sem fornecimento de energia elétrica por quatro dias, após fortes chuvas na capital paulista em 2023. A decisão foi proferida pelo juiz Otávio Augusto de Oliveira Franco, da 2ª Vara Cível do Foro Regional de Vila Prudente.

Homem é condenado por incêndio que causou a morte do pai idoso

A 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a condenação de um homem pelo crime de incêndio que resultou na morte de seu pai idoso. A decisão, proferida pela Vara Única de Conchal, reduziu a pena para oito anos de reclusão, a ser cumprida em regime fechado.

Remuneração por combate a incêndio no Porto de Santos deve se limitar ao valor do bem salvo

A 9ª Vara Cível de Santos condenou uma empresa a pagar R$ 2,8 milhões a outra companhia pelos serviços de assistência prestados no combate a um incêndio em terminal localizado no Porto de Santos. O valor foi determinado com base no limite do bem efetivamente salvo durante a operação.

Casal é condenado por expor adolescente a perigo e mantê-lo em cárcere privado após cerimônia com chá de ayahuasca

A 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) confirmou a condenação de um casal pelos crimes de sequestro, cárcere privado e exposição ao perigo à saúde ou vida, cometidos contra um adolescente de 16 anos. A decisão, proferida pela juíza Naira Blanco Machado, da 4ª Vara Criminal de São José dos Campos, fixou as penas em dois anos e quatro meses de reclusão e três meses de detenção, substituídas por prestação de serviços à comunidade e pagamento de um salário mínimo.